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Política

VACILO DE ELIANE AQUINO PREJUDICA DE UMA SÓ TACADA AS MULHERES E O PT DE SERGIPE

Publicada em 11/08/22 às 14:14h - 124 visualizações

Atribuna Cultural/Fundada em 30 de março de 2001.


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VACILO DE ELIANE AQUINO PREJUDICA DE UMA SÓ TACADA AS MULHERES E O PT DE SERGIPE
Eliane Aquino: desperdiça a chance de Sergipe eleger a primeira mulher federal  (Foto: Divulgação)

A desatenção da vice-governadora de Sergipe, Eliane Aquino, PT, 51 anos, que rifou a si mesma perante a perspectiva de uma candidatura de deputada federal nas eleições deste ano, com chances reais e concretas de acessar o mandato, é uma falha imperdoável e crivada de prejuízos num momento em que se discute tanto as dimensões de gênero na política nacional e, em especial, na sergipana. E é prejudicial, ainda, politicamente ao próprio PT.

Para quem está voando perante este assunto, a Coluna Aparte esclarece sem rodeios: eleita em 2018 vice-governadora de Sergipe ao lado de Belivaldo Chagas, PSD, 62 anos, Eliane Aquino, que já foi vice-prefeita de Aracaju (2016), vinha trabalhando quase que desde 2019 para disputar uma vaga de deputada federal nas eleições deste ano.

Mas, por imperícia, imprudência e auxílio luxuoso de uma assessoria pessoal ruim, Eliane derrapou na curva dos descuidos e não desincompatibilizou-se da condição de conselheira em alguns Conselhos de órgãos públicos estaduais dos quais fazia parte, quando desincompatibilizar-se era algo impositivo.

A imperícia e a imprudência de Eliane Aquino vieram revestidas ainda de um aconselhamento paralelo errado: disseram-lhe, inadvertidamente, que ela, enquanto vice-governadora, não precisaria desincompatibilizar-se do mandato para tentar a vaga de deputada federal.

Ok, está certo: da condição de vice-governadora não precisaria mesmo desincompatibilizar-se. Mas o erro fatal foi o de achar que isso era extensivo à sua condição de conselheira, de componente de Conselhos Estaduais. Porque desses postos, ela deveria, obrigatoriamente e por lei, se afastar seis meses antes das eleições, o que seria no dia 2 de abril.

Ora, errar é humano e todo mundo tem o sagrado direito um dia à sua derrapada. Nesse caso de Elaine, irreversível, embora ela esteja recorrendo ao Tribunal Regional Eleitoral -  TRE - para ver se acha uma brecha que lhe salve em tempo.

Mas por que esta falha de Eliane Aquino “é crivada de prejuízos num momento em que se discute tanto as dimensões de gênero na política nacional e, em especial, na sergipana?”. Sem dúvida porque a negligência dela e da sua assessoria trabalha para que menos uma mulher acesse o poder - e elas já são tão poucas na esfera do Legislativo assim como na do Executivo.

Que os mais afetados aí, e sobretudo os dados à política de ódio, não pensem que esta Coluna acha imprescindível que Eliane Aquino devesse ser eleita deputada federal. Mas nem acha também o contrário - que ela não devesse.

A análise aqui é outra, e bem mais racional: a contragosto de muitos bairristas - alguns deles ressaltam até a condição não-sergipana dela, posto ter nascido em Brasília, descendente de cearenses -, Eliane é tida como uma agente política e uma persona pública que acessaria com certeza e facilidade o mandato de deputada federal este ano.

E acessaria justamente pelo histórico pessoal dela: mulher, negra, uma quase indígena, viúva, mãe, ética no trato e nos arranjos da política, de olhar social, herdeira mais que legítima do espólio do marido Marcelo Déda - e até nisso ela se manifesta ética, uma vez que nunca levanta ostensivamente o crachá para essa condição.

E a importância desse acessar ao mandato por ela salta aos olhos com profunda validade: em 522 de história do Brasil ou em 202 de emancipação de Sergipe, este Estado nunca viu uma mulher saltar diretamente das urnas para um mandato de deputada federal - a esperança era exatamente de que com Eliane isso se desse neste ano, repita-se.

Que os desassuntados de plantão aí não tragam o mandato da brava Tânia Soares, ex-PCdoB, à baila de novo. Sim, em 2001 e 2002, Tânia frequentou a Câmara Federal como deputada, mas não como consequência de um mandato obtido diretamente numa eleição. Ela conseguiu uma primeira suplência em 1998 e com a eleição do deputado federal Marcelo Déda para prefeito de Aracaju dois anos depois,  herdou a vaga dele em Brasília.

Vá lá: eleição é eleição e Eliane poderia até nem chegar lá. Mas não era essa a perspectiva que se abria para ela e nem a que os analistas da área viam no seu horizonte. Eliane vinha sendo dada, inclusive, como a protagonista da possibilidade de o PT fazer, pela segunda vez em Sergipe, dois deputados federais - que seriam a sua pessoa e a de João Daniel, candidato a um terceiro mandato.

Convém lembrar que desde 1994 - portanto há 28 anos -, iniciado exatamente pelo seu marido Marcelo Déda, o PT tem sempre mandado a Brasília um federal e dois somente em 2010 - apesar de em 2002 ter eleito o lambanceiro João Fontes, hoje no PTB de Roberto Jeferson e uma figura que chafurda no baixo clero bolsonarista. (Relembre: 94 e 98, Déda; 2002, o indigitado; 2006, Iran Barbosa; 2010, Rogério Carvalho, com a estupenda votação dos 116 mil votos, Marcio Macedo, e desde 2014, João Daniel).

O descuido de Eliane Aquino, portanto, é faca de dois gumes: subtrai às mulheres uma possibilidade real de poder e ao PT a de fazer, de novo, dois federais. A chapa proporcional do PT que se apresenta este ano, sem ela, é muito ruim, pouco competitiva e dificilmente outro petista penetrará os umbrais da Câmara Federal ao lado de João Daniel. Fazer o quê?

OBS: matéria atualizada dia 11-08, às 8h33min


  Fonte: JL Política




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