Engana-se quem está apostando que o ex-prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho, PL, 53 anos, está empurrando com a barriga o lançamento da sua pré-candidatura ao Governo do Estado e que ao final e na hora h vai bater fofo e pular fora.
A resposta negativa a esta aposta será dada impreterivelmente na segunda-feira, dia 2 de maio, num evento que Valmir de Francisquinho está programando para ser bem ao estilo dele e do modo de ser do povo de Itabaiana: o mais popular possível.
“Está decidido que farei o anúncio numa coletiva de imprensa e que será na capital durante um café da manhã, a partir das 7h e num dos dois mercados de feira livre da cidade”, disse Valmir à Coluna Aparte nesta quarta-feira, 20.
“Ou será no Albano Franco/Thales Ferraz, ou no Mercado Vereador Milton Santos, do Conjunto Augusto Franco. Estou discutindo com minhas assessorias, inclusive os aspectos jurídicos eleitorais de um evento desse porte, para saber o que podemos e o que não podemos fazer. Eu quero que o povo, além de saber do fato pelos meios oficiais de mídia, que veja o evento e sinta a nossa presença”, reforça ele.
“Eu vou anunciar a minha pré-candidatura a governador e vamos dizer através dos meios de comunicação do Estado sobre os nossos projetos para Sergipe. O que eu vou pedir aos sergipanos é o mesmo que pedi ao povo de Itabaiana, que foi uma oportunidade de mostrar que sei e que posso fazer o bem pelo Estado inteiro. Itabaiana me deu essa possibilidade e quando eu pedir e Sergipe também me der, todo o Sergipe e os sergipanos irão ver que Valmir de Francisquinho será um dos melhores ou talvez o melhor governador da história desse Estado”, afirma o pré-candidato.
Sim, Valmir de Francisquinho parte do princípio de que a gestão que fez à frente de Itabaiana será o seu melhor cartão postal a ser mostrado em sua cruzada pedindo permissão para governar Sergipe. “Eu fui prefeito por oito anos. Pegamos uma Prefeitura com intervenção judicial e transformamos Itabaiana no primeiro município em responsabilidade administrativa, com dinheiro em caixa, autoestima de servidores e obras públicas. Em oito anos, nossa gestão conseguiu incentivar a abertura de 1.830 empresas. Veja quantos empregos geramos aí - isso são dados oficiais da Jucese”, diz ele.
“Nós mostramos que, administrativamente, é possível um município sobreviver quando é tocado com responsabilidade e compromissos com a gestão, com o povo e com a prestação de serviços. Ademais, entendo que Sergipe é autossustentável financeiramente, por ter uma arrecadação suficiente para administrar, independentemente de se o Governo Federal vai ou não enviar recursos extras, porque os constitucionais são obrigatórios”, completa Valmir.
Filiado ao mesmo PL de Jair Bolsonaro, Valmir de Francisquinho está atento às críticas e possíveis complicações de uma eventual chapa puro sangue, com ele e Eduardo Amorim disputando o Governo e o Senado. “Vai caber ao eleitor separar ou não o voto. Mas enquanto grupo, a gente está definindo por Eduardo”, diz. Até recentemente, Eduardo era do PSDB, mas foi passado para trás pelo senador Alessandro Vieira.
Valmir certamente também enfrentará eventuais críticas por estar na mesma barca política que Edivan Amorim, empresário, irmão do Eduardo Amorim e figura desproporcionalmente estigmatizada pelos governistas nas últimas duas eleições como se fosse alguém do mal.
“Isso eu descaracterizo com o fato de que todo mundo chamou Edivan Amorim para conversar política agora. Fábio Mitidieri chamou ele para conversar. O que é interessante é que esses caras querem desconstruir Edivan, mas querem o apoio dele. Os governistas chamaram André Moura de ladrão e hoje o Governo está com quem?”, fustiga Valmir.
Mas, para além de qualquer suspeita sobre a condução de um eventual Governo do Estado empreendido por ele, Valmir de Francisquinho impõe desde já um limitador seguro e preciso. “O que eu tenho a dizer ao povo de Sergipe é que, uma vez eleito governador, quem vai mandar sou. O mando será meu. O que está em minha mão, a responsabilidade é minha. É o meu CPF que está em jogo”, diz ele.
E se sai com um exemplo já vivido: “Em 2012, quando fui candidato a prefeito de Itabaiana pela primeira vez, o povo dizia que Zé Teles de Maria, o ex-deputado federal José Teles, seria quem mandaria na Prefeitura se eu fosse eleito. Fui eleito, e ele não mandou nada. Ele e a família tiveram participação no Governo, mas o responsável pelo sucesso da gestão de Itabaiana fui eu. Eu tenho identidade própria e bem definida. Ninguém pense que comigo no Governo de Sergipe alguém além de mim vai mandar no Estado. Vai participar, mas se participar errado, estará fora”, diz.
O itabaianese entende que o que as pesquisas estão revelando, como a liderança dele nas intenções de votos, é algo autêntico e puro. “Hoje mesmo eu peguei uma nova pesquisa, desta vez mandada fazer pelo Governo do Estado, e deu Valmir de novo. Aquela outra e nem sei quem mandou fazer. Dizem que foi o senador Alessandro Vieira, mas só dizem. Eu mesmo não sei, nem pelo senador e nem pelo rapaz do IFP. Eu não tenho informação exata de quem foi. Eu só sei dizer que não foi contratada por mim. Neste ano de 2022, nunca pedi pesquisas ao IFP. Fiz com a Padrão e com o Opinião. Isso eu fiz, mas para consumo interno. Recentemente eu fiz uma nos 28 maiores municípios eleitoralmente do Estado pelo Opinião e deu meu nome liderando, seguido de Rogério e de Fábio Mitidieri, bem parecido com a última do IFP”, afirma.