À frente de um segundo mandato conquistado com pompas e circunstâncias, o prefeito Gilson Andrade bradou aos quadrantes do município, logo após o resultado das eleições, ser o grande líder local e regional, que havia derrotado todo mundo e anunciava a era de GA e AG – André Graça.
Ato contínuo ao processo eletivo de 2020, o seu séquito de plantão temperou a narrativa política com a marquetagem fácil e oportunista de “prefeito rojão”. O ritmo administrativo parecia que seguia o curso do planejado, embora a gestão se mostrasse negligente e medíocre em várias áreas.
Graças à pandemia, à oposição iniciante na Câmara de Vereadores e à paralisia dos movimentos sociais, especialmente o silêncio sindical, surfou à vontade no mar tranquilo da gabolice. Se achou o senhor absoluto da política na terra de Judite Melo.
A expressão “rojão” é por demais conhecida do léxico local e faz alusão ao simbólico e veloz busca-pé, tão tradicional e identitário na cultura estanciana. Rojão é sinônimo de ação e movimento. A palavra por aqui, se bem empregada, é positiva.
À luz dos fatos cotidianos, a brisa que até aqui soprava favorável ao senhor alcaide e a sua turma começa a mudar de direção e as coisas tendem a ser diferentes num futuro próximo. A política por aqui realmente não é uma atividade fácil.
Os apoiamentos outrora robustos estão minguando a olhos vistos e atualmente já existem correligionários/as de primeira hora que torcem e trabalham diuturnamente com intenções políticas claramente anti-GA e AG. Quem viverá, verá.
Por fim, dizem os mais sábios que a arrogância e a vaidade precedem a queda. Pelo rumo dos acontecimentos colocados na ordem do dia, o projeto político liderado pelo “prefeito rojão” dá sinais claros e contundentes de esgotamento e pelo andar da carruagem, mais rápido do que se possa imaginar.
Professor e ex-vereador de Estância/SE
Fonte: Entrenotícias