De acordo com o Governador Belivaldo Chagas, o Ipesaúde deve passar por reformulação administrativa para atenuar um grande déficit financeiro e orçamentário que foi gerado durante a pandemia. Tendo em vista o cenário, em suas palavras é preciso “ rever a gestão”.
A fala foi proferida durante participação do líder do estado no Jornal da Fan, da rádio Fan FM, na manhã desta sexta-feira, 10.
“O Ipesaúde teve que agir forte em pandemia para fornecer um bom serviço para o dependente, mas é preciso rever ações, já que há dificuldade financeira grave. Hoje há um déficit orçamentário de R$ 50 milhões e um déficit financeiro de R$ 40 milhões, não é fácil cobrir este déficit, e quem governa sou eu, as dificuldades do governo do estado quem conhece sou eu”, explicou o governador.
Foi exposto ainda que até o mês de agosto o Governo do Estado já teria disponibilizado mais de R$ 140 milhões de reais, acima do orçamento estabelecido para o setor da Saúde em 2021.
No entanto, Belivaldo argumentou que o recém deposto presidente do Ipesaúde, o médico Christian Oliveira, não pode ser responsabilizado pela deficiência na entidade: “Christian fez um ótimo trabalho, o déficit não significa incompetência dele”, completou.
Ainda nesta quinta-feira, 9, o governador anunciou em seu perfil no Twitter a mudança no comando do Ipes, mas durante a entrevista foi enfático em classificar que a troca de presidente se configura como um ato administrativo, que acontece em todo e qualquer governo.
Esta afirmação vai de encontro a especulações de que a antecipação teria sido motivada por ida do senador Rogério Carvalho, ao lado do ex-senador Valadares e do ex-deputado federal Valadares Filho, inimigos políticos de Belivaldo, em ato de anúncio de recursos para o município de Simão Dias.
“Isso já estava previsto a muito tempo, e eu enquanto governador vou fazendo meus atos aqui e acolá, sem nenhum problema, ninguém é insubstituível, a qualquer momento pode haver alteração, eu mesmo tenho prazo de validade”, pontuou o gestor.