Na sessão da última terça-feira, 31, a Câmara de Vereadores de Lagarto aprovou, por unanimidade, uma Moção de Congratulação ao ex-prefeito de Itabaiana e possível candidato a governador de Sergipe em 2022, Valmir dos Santos Costa, popularmente conhecido como Valmir de Francisquinho (PL). Proposta pelo vereador Carlos do Gás (DEM), a medida tem o objetivo de reconhecer o “trabalho, competência, dedicação e serviços prestados [por Valmir] a população de Itabaiana e até mesmo a sociedade sergipana”.
Apesar de ser aprovada, o vereador Alex Dentinho teceu críticas à forma como a Câmara tem concedido Moções de Congratulação. “Eu não tenho nada contra Valmir, mas o que estou tentando colocar é que porque o cara bebe água, ai vem uma moção, porque bebeu água. A própria Câmara tem que reconhecer serviços relevantes e não apenas votar tudo, senão vai faltar até os papéis da Câmara”, criticou.
Alex Dentinho ainda solicitou que fosse feita uma triagem. Contudo, o vereador-presidente Amilton Fontes (PSC) afirmou não poder cortar nenhuma proposta apresentada pelos vereadores. “Não tem como fazer essa triagem, porque todos os 17 vereadores têm essa autonomia para colocar qualquer requerimento nessa Casa. Mas fazer a triagem de quem merece e quem não merece vai ficar difícil, se é pobre, se é rico, se é branco, se é preto, se é de uma cidade, se é de outra, se tem serviço relevante ou não. Quem é que vai decidir isso? Qual será a comissão? Então acredito que deve ser colocado em votação, para vocês decidirem”, justificou.
Diante do posicionamento do vereador-presidente, o vereador Gilberto da Farinha (DEM) destacou que é importante que seja respeitada as propostas apresentadas pelos colegas. “É igual o título de cidadão que uns dá a quem tem um poder aquisitivo maior e outros a quem tem menos. Mas não vamos olhar isso, vamos respeitar o vereador”, comentou.
Por fim, o vereador Alex Dentinho (MDB) sugeriu que houvesse um limite de moções a serem apresentados por cada edil durante o mês. A ideia foi corroborada pelo vereador Matheus Corrêa (Cidadania). “Assim fica melhor, porque não temos como definir quem merece e quem não merece. Isso vai do subjetivismo de cada vereador, então a gente pode limitar”, argumentou Corrêa.
Apesar da sugestão, o assunto ficou para ser discutido fora do plenário.