Estamos há um ano e quatro meses das eleições de 2022, tempo suficiente para muita coisa acontecer em Aracaju, em Sergipe, e no mundo.
Nunca se discutiu com tanta antecedência a composição de uma chapa majoritária para a disputa de uma sucessão estadual.
Virou tradição no Brasil se afirmar que transição politica em ano de eleição só se discute após o carnaval que pelo calendário está programado para o mês de fevereiro.
É óbvio que quem pretende disputar um cargo eletivo, seja ele proporcional ou majoritário, começa a mexer os pauzinhos com certa antecedência. No entanto, quem vivencia o exercício do cargo, com a caneta na mão, deve continuar trabalhando sem permitir que eventuais pretensões interfiram na administração.
BELIVALDO CORRETO
André e Fábio. Seria essa a chapa preferida de Belivaldo?
A respeito do que afirmamos acima, o governador Belivaldo Chagas tem agido de forma corretíssima.
Tocando o barco com a mesma seriedade que o caracteriza na vida pública desde a década de 80, o galego de Simão Dias afirmou durante a semana que quem tem a caneta é ele, a menos que exista uma outra e ele não saiba.
Na realidade, em função de uma administração séria e comprometida com o desenvolvimento do estado, mesmo diante da grande pandemia que vivemos desde março de 2020, o governador é cercado por lideranças que almejam à sua sucessão. Pelo menos três ou quatro nomes estão cada vez mais próximos do governador, seguindo a máxima que “só se agarra em árvores que dão frutos”. Por outro lado, uma outra liderança, mesmo sonhando com esse apoio, ver essa possibilidade cada vez mais distante.
Fábio, Laércio, André e Edvaldo estão colados
Edvaldo surgiu de surpresa em Japaratuba ficando ao lado de André, Fábio e Belivaldo.
A sucessão de 2022 está parecendo uma disputa de Fórmula 1 onde os primeiros colocados chegam na última curva emendando os bicos dos carros.
Até pouco tempo, os quatro nomes citados, Fábio Mitidieri, Laércio Oliveira, André Moura e Edvaldo Nogueira simbolizavam esses quatro carros.
Após a união entre Fábio e André, parece ( reforço o parece), que a disputa tem um concorrente a menos.
ANDRÉ MOURA, embora não confirme, dá sinais de que disputará o senado, cargo que está atravessado na sua garganta desde 2018, quando por erros de estratégia de marketing (já comentado aqui), lhe escapou entre os dedos. Vale ressaltar que André merece um reconhecimento da população sergipana por tudo que ele vem realizando em benefício dos 75 municípios sergipanos ( leiam artigo da última quarta-feira).
A disputa pelo apoio de Belivaldo ficaria então entre Fábio, Laércio e Edvaldo? Todos os indícios apontam para este caminho.
longas datas do governador, tendo inclusive participação forte na sua equipe administrativa.
Grande liderança herdada de seu pai Luiz Mitidieri, o deputado federal foi o grande vencedor dos pleitos municipais de 2020, com o seu partido e partidos aliados, fazendo o maior número de prefeitos no estado, bem como vereadores, inclusive em Aracaju.
Em Brasília, ocupando o cargo de deputado federal, Fábio atua com eficiência em favor do estado de Sergipe.
Laércio poderia ser o preferido do governador?
LAÉRCIO OLIVEIRA está decidido a disputar a sucessão de Belivaldo. Em todas as suas declarações, Laércio afirma ser candidato a governador, tendo como respaldo o grande trabalho que realiza em Brasília já no seu terceiro mandato, além da eficiente gestão como presidente da Fecomércio. Laércio tem aparecido diariamente viajando pelo estado em contatos com lideranças políticas.
EDVALDO NOGUEIRA parece indeciso. Embora possua uma característica muita própria de trabalhar nos bastidores, tipo “comer o mingau pelas beiradas”, o prefeito de Aracaju até agora está em um silêncio sepulcral sobre a sucessão.
Administrando Aracaju com o mesmo estilo sóbrio que o levou à reeleição, Edvaldo não se manifesta. A quem afirme que o nome do prefeito não ultrapassa os limites da capital, mas isso são outros quinhentos.
ROGÉRIO FORA
Estaria Rogério desolado com a falta de apoio
Pelo menos no que diz respeito a apoio do governador Belivaldo Chagas para disputa da sua sucessão, o senador Rogério Carvalho parece definitivamente descartado de contar com esta possibilidade.
Embora PT e Belivaldo tenham caminhado juntos nos últimos pleitos, com os vermelhos ocupando inclusive a vice governadoria com Eliane Aquino, a sequência desta caminhada parece cada vez mais distante. Na realidade, tanto o governador quanto o senador mantenham silêncio sobre o assunto, as evidências são cada vez mais claras.
Só nos resta daqui aguardar e analisar as evidências e aparências.