O PSDB terá um pré-candidato a senador de Sergipe e o seu candidato a governador, numa possível aliança, será um membro de um partido aliado. Mas nada impede que os dois sejam tucanos.
Segundo o presidente do partido em Sergipe, ex-senador Eduardo Amorim, há um ambiente de conversações políticas, mas o PSDB não pretende se precipitar neste período de pandemia. Contudo, está defendendo o nome do exprefeito Valmir de Francisquinho para governador.
Na verdade, o PSDB faz planejamento para apresentar opções aos sergipanos nas disputas proporcional e majoritária. Ele destaca na entrevista que o governador de São Paulo, João Dória, é um dos pré-candidatos a presidente da república, mas existem outros. “cito aqui o governador do rio grande do sul, Eduardo Leite, e o senador Tasso Jereissati. Estamos dialogando com todos eles”.
JORNAL DA CIDADE - O PSDB de Sergipe terá candidato a governador e senador em 2022? Quais são as opções?
EDUARDO AMORIM - Sim, terá pré-candidato ao Senado. Historicamente, na chapa majoritária, não cabe os dois do mesmo partido, mas nada impede isso. Seguiremos dialogando e, no momento oportuno, decidiremos.
JC - O PSDB fará alianças? Com quais partidos? Por que essas opções?
EA - Não se constrói candidaturas fortes sozinho, são necessárias alianças para esse fortalecimento. Mas ainda não temos definição alguma neste sentido. O que venho defendendo é a candidatura de Valmir de Francisquinho para governador.
JC - Neste momento o partido tem conversas políticas com quais? Ampliará? A partir de quando?
EA - Perdoe-me, mas ainda é muito cedo para divulgações. Principalmente num momento tão difícil como esse de pandemia. Os diálogos têm existido. A tendência no ano que vem é ampliar o diálogo e obter boas alianças.
JC - O PSDB tem quantos filiados? Se faz presente em quantos municípios? É mais forte em quais?
EA - A última eleição municipal foi diferente de todas as outras, pela pandemia e pela reflexão que eu e o partido vínhamos fazendo sobre a política e a crise que ainda estamos passando. Estamos trabalhando para que o partido pelo fortalecimento do partido e para que possamos apresentar bons quadros na próxima eleição.
JC - O PSDB tem prefeitos, vices, vereadores, deputados?
EA - Confesso que desfizemos diversos diretórios, fruto da reflexão e consequente renovação. Então já era esperado um número menor de eleitos na última eleição de prefeito e vereadores. Mas viramos a chave e iniciamos o planejamento para apresentar opções aos sergipanos nas disputas proporcional e majoritária.
JC - O partido em Sergipe vai estar bem próximo de Dória? Usará o nome dele na caça ao voto no Estado?
EA - Nesse espírito de renovação interna, o PSDB vem dando um exemplo de democracia. Tanto que o futuro candidato a presidente da república pelo partido será submetido antes a um pleito interno, como ocorre tradicionalmente em países como nos EUA. Dória é um dos pré-candidatos a presidente da República, mas existem outros. Cito aqui o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o senador Tasso Jereissati. Estamos dialogando com todos eles.
JC – Você e André Moura romperam relações políticas? Por quê? Quando? Podem se reaproximar? Em que momento?
EA - Quando terminou o meu mandato de senador voltei a trabalhar nos hospitais, nos centros cirúrgicos e André foi exercer o cargo de secretário no Rio de Janeiro. O palanque foi desmontado e a vida de cada um continuou naturalmente, cada um seguindo o seu caminho. Na última eleição em Aracaju já ficamos em palanques diferentes e creio que essa deve ser a tendência para o próximo pleito
JC - Dória é um bom nome à Presidência da República? Por quê? Ele pretende vir a SE? Quando?
EA - Creio que todos eles passarão por Sergipe. Esta semana, inclusive, recebi ligações do governador João Dória e do governador Eduardo Leite. Mas ainda não temos uma data para que venham a Sergipe. Mas, como disse anteriormente, seguirei mantendo o diálogo com os dois e os demais nomes do partido que estão disputado as prévias internas.
JC – Bolsonaro tem chance de se reeleger?
EA - Desde que sejam preenchidos os requisitos que a lei impõe, todos que se candidatarem têm chance! Mas se você me perguntasse qual a probabilidade, eu diria que a pandemia e algumas atitudes no decorrer dela vêm atrapalhando essa possibilidade. Mas ainda se tem muito tempo pela frente!
JC - A CPI da Pandemia conseguirá sucesso em suas investigações?
EA - A CPI vem oscilando entre momentos republicanos, de lucidez, e momentos de tristes espetáculos. No final mostrará sim mazelas que ainda convivemos na administração pública. Espero que, acima de tudo, mantenha-se a justiça.