Na última terça-feira, 13, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, instaurou a chamada Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, que investigará as ações e omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia e o colapso da saúde no estado do Amazonas no começo do ano, bem como a aplicação de recursos federais por estados e municípios no combate à pandemia.
O requerimento pedindo a instauração da CPI foi do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), já o documento pedindo a ampliação do escopo de investigação parlamentar veio do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), que compõe a base aliada do governo federal. Tanto é que seu pedido já era uma vontade expressa do presidente Bolsonaro em áudio divulgado pelo senador Jorge Kajuru (Podemos-GO).
Com a abertura da CPI, as lideranças de partidos e de blocos no Senado iniciaram os trabalhos para indicar os membros que integrarão a CPI da Covid, obedecida a proporcionalidade. O Partido dos Trabalhadores (PT) indicou o senador Humberto Costa como titular da bancada e o senador Rogério Carvalho como suplente. Já o bloco formado pelos partidos Cidadania, PDT, PSB e Rede indicaram o senador Randolfe Rodrigues como titular e o sergipano Alessandro Vieira (Cidadania) como suplente.
Para o titular da bancada petista, a sua missão será de “ajudar a revelar as causas que provocaram a expansão da pandemia e tantas mortes. Temos um palpite que precisa ser confirmado: houve a intenção do presidente em estimular as pessoas a se expuserem para adquirir imunidade naturalmente. Isso é um crime!”. Já o senador Alessandro Vieira destacou que a CPI poderá resgatar a verdade na atuação do poder público no combate à pandemia. “É muito claro que erros foram cometidos”, destacou.