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Política

UMA TRAGÉDIA GREGA DA FICÇÃO E A TRAGÉDIA BRASILEIRA DA VIDA REAL

Publicada em 05/04/21 às 10:21h - 278 visualizações

Professor Dudu


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UMA TRAGÉDIA GREGA DA FICÇÃO E A TRAGÉDIA BRASILEIRA DA VIDA  REAL
 (Foto: Reprodução)
Os três maiores dramaturgos gregos de todos os tempos foram sem dúvida: Sófocles, Ésquilo e Eurípedes, os grandes mestres das tragédias que levavam milhares aos gigantescos anfiteatros.

Dentre as inúmeras peças escritas por Sófocles, “Édipo Rei” é a mais importante, inclusive destacada por Aristóteles como o mais perfeito modelo de tragédia.

A última vez que li a obra “Édipo Rei” foi na UFS no século passado, então vou garimpar na velha memória para ver se ainda lembro para fazer uma síntese. Vamos ver.
O enredo da peça se desenvolve basicamente na cidade grega de Tebas governada pelo Rei Laion e a Rainha Jocasta (pais de Édipo).

Ainda Criança, Laion brincava com o filho do deus Apolo e esse julgou de forma preconceituosa que o seu filho estava sendo assediado sexualmente por Laion e por isso lançou uma profecia, que caso Laion constituísse um matrimônio e tivesse um filho esse filho o mataria e ainda deitaria com a própria mãe. Essa profecia foi revelada pelo oráculo de Delfos.

Já adulto, Laion esqueceu da profecia e casou-se com Jocasta e dessa união nasceu Édipo.
Ao lembrar da “praga” revelada pelo oráculo o casal decidiu livrar-se da criança e foi então que ordenou a um camponês para abandonar a criança no bosque para ser devorada pelas feras.

O casal esqueceu que o deus Apolo assim como todos os deuses gregos eram Onipotentes (podem tudo); Oniscientes (sabem tudo) e Onipresentes (estão em todos os lugares), portanto, não seria enganado.

O camponês teve piedade do bebê e resolveu doar a Políbio, Rei de Corinto, (cidade vizinha de Tebas) que o criou como filho.

Como a profecia teria que ser cumprida Édipo já rapaz recebe a revelação de que era filho adotivo e furioso decide ir a Tebas (cidade natal) em busca da verdade e na estrada cruza com o seu pai biológico (Laion) guarnecido por seus seguranças e surge uma luta por conta da arrogância dos guardiões do Rei, que ordena que saia da frente da carruagem real e Édipo reage e mata os guardas inclusive o seu pai (sem saber quem era).

A morte do bom Rei Laion provocou uma onda de infortúnios sobre a população e a cidade entrou em desgraça e só voltaria ao normal caso alguém decifrasse o enigma da esfinge (corpo metade humano e metade leão) que era o seguinte: “que criatura pela manhã tem quatro pés, ao meio dia tem dois e a tarde tem três?”.

Várias pessoas tentaram sem sucesso decifrar o enigma que daria como prêmio ao decifrador a mão da rainha Jocasta (viúva) em casamento e foi exatamente Édipo quem decifrou ao responder: “o ser humano, que engatinha “de quatro” quando é bebê (manhã); anda sobre dois (pés) quando é adulto (meio dia); e com três (dois pés mais a bengala) ao envelhecer (tarde)”.

Ao casar com a própria mãe a profecia se completa e o casal gera duas filhas e dois filhos: Antígona, Isménia, Etéocles e Polinices.

Tempos depois ao descobrir que matara o próprio pai e cometera incesto com a própria mãe, 

Édipo fora de si decide perfurar os olhos e sair vagando pela Grécia como mendigo para se penitenciar (a sua filha Antígona o acompanhou até a morte), já a Rainha Jocasta assim que descobriu a terrível relação incestuosa com o filho cometeu suicídio.

Dependendo do tradutor há diferenças nas interpretações a exemplo da tentativa do rei de se livrar do bebê para fugir da profecia.

Segundo algumas versões os pés do bebê foram perfurados para que fosse pendurado em uma árvore nos arredores da cidade, daí o nome Édipo que significa “Pés Inchados”.
Outras traduções indicam que o camponês deveria abandonar a criança nas montanhas para ser devorada pelas feras.

Alguns tradutores dão relevo  a ira homofóbica do deus Apolo, outros não.
Obviamente que isso que escrevi é uma síntese da tragédia “Édipo Rei” e faço questão de deixar claro que como nem todos os leitores toleram textos grandes – viciados pelas notas curtas das redes sociais – eu resolvi enxugar a obra e usá-la como álibi para atrair os leitores.

Outra questão é a que como o ser humano preserva há milênios uma relação de repulsa e ao mesmo tempo de atração pela tragédia, eu usei esse clássico  para induzir a leitura e quem sabe emendar com a parte que se inicia agora sobre a tragédia brasileira atual.
A tragédia que se abate sobre o Brasil não se resolve com uma simples decifração de charada, até porque os oráculos desse governo se chamam Olavo de Carvalho e Paulo Guedes e somente a elite consegue decifrá-los.

Pelo andar da carroça até o final de junho o Brasil poderá atingir a marca trágica de 400 mil vidas ceifadas por irresponsabilidade desse governo genocida.

Em qualquer país sério um presidente que tivesse feito dez por cento das atrocidades que Bolsonaro fez já estaria preso.

É mais fácil ele ser condenado por um tribunal internacional do que pelo STF, assim como aconteceu com Pinochet, o ditador chileno que comandou milhares de assassinatos durante a ditadura em seu país e só foi preso na Inglaterra – quando fazia uma viagem para tratar de interesses particulares – por ter cometido crimes contra a humanidade. 
A prisão do ditador provocou constrangimento ao judiciário chileno.

Bolsonaro até aqui só tem atrapalhado o combate a pandemia com a sua política negacionista e a ânsia para proteger os grandes empresários (os pequenos não).
Já começou a faltar oxigênio e medicamentos para sedação dos pacientes, mas sobra Hidroxicloroquina e Ivermectina, drogas sem eficácia comprovadas e desaconselhadas pela 
OMS, compradas com dinheiro do contribuinte para ficarem amontoadas nos depósitos.

A variante mais perigosa do vírus se chama Bolsonaro, que tem causado lesões cerebrais irreparáveis como a alienação total e cegueira política crônica.

Tem quem ache que ele agora só está fingindo preocupação por conta do número estarrecedor de óbitos.

 Engana-se quem pensa que esse é o motivo, o que tem tirado o sono dele é a possibilidade de Lula ser candidato a presidente, é isso que vai fazê-lo tomar algumas medidas "meia boca" para tentar barrar a pandemia.

Sem um auxílio emergencial de pelo menos 600 reais não haverá quarentena, porque ninguém consegue sobreviver com 150 reais e por isso sairão às ruas para pedir esmola ou trabalhar como autônomo a exemplo dos ambulantes.

Melhor seria sair para protestar em massa e exigir o impeachment do genocida.
 
Se é pra correr o risco de se contaminar, que seja por uma causa que renda frutos de melhor qualidade como a derrubada do tosco e a revogação da política neoliberal.
Enquanto o "Mito" se diverte como presidente,  o luto continua invadindo os lares das famílias brasileiras.


Rubens Marques de Sousa (Dudu)
Estância (SE), 04 de abril de 2021



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