[*] Misael Dantas
Se o sistema eleitoral proporcional continuar como está, sem coligações partidárias, muitos, ou quase todos os pretensos candidatos a deputado - estadual e federal - terão dificuldades em montar partido, como aconteceu em 2020, com os pretensos candidatos a vereador.
Os presidentes de partido sofreram, ali, para conseguir nomes como pré-candidatos. Mas há notícias de que o Congresso vai mudar isso. Está na pauta também o distritão. Os mais votados serão eleitos.
O ex-deputado Valadares Filho, PSB, será, sim, um nome forte na disputa pelo mandato federal em 2022. Melhor ainda se o sistema distrital for o que vigorará.
Sejamos sensatos: nos três mandatos dele, Valadares Filho foi um bom deputado federal. Tranquilo, atencioso e de fácil acesso junto aos governos estadual e federal.
De início, principalmente na primeira eleição, foi tipo “o filhinho de papai”. Mas pegou corpo político-eleitoral e não precisou de “anda-já” pra circular nos corredores da Câmara Federal e nem nos gabinetes ministeriais de Brasília.
Valadares Filho aprendeu rápido a entrar e a sair dos municípios. Um ponto a trazer à tona é a sua segunda eleição, 2010, quando surgiram burburinhos de que ele teria dificuldade de reeleição.
Isso porque o então senador Valadares, o pai, em 2006 não foi candidato e dedicou-se à campanha do “menino”. Mas em 2010 os dois, pai e filho, foram candidatos. Ledo engano: o pai se reelegeu senador e o filho, o deputado federal mais votado entre os oito de Sergipe.
[*] É bacharel em Letras, vereador em Estância em terceiro mandato e presidente da Câmara Municipal.
PS - Misael Dantas escreveu este texto, espontaneamente, a partir da leitura da matéria “Valadares Filho vai tentar uma volta à Câmara Federal e não vaga na Alese”, publicada aqui neste espaço na última segunda-feira, 22.