Na última quarta-feira, 3, a prefeita de Lagarto, Hilda Ribeiro (SD), assinou uma manifestação de interesse em aderir ao Consórcio Público de Municípios, liderado pela Frente Nacional dos Prefeitos, visando a aquisição de vacinas, medicamentos e insumos necessários para combater a covid-19.
O anúncio foi feito pela prefeita ainda na noite de ontem. Na oportunidade, Hilda afirmou que o movimento municipalista em prol das vacinas anti-covid-19 é de suma importância para acelerar a campanha de imunização junto aos lagartenses, caso o Governo Federal não consiga suprir a demanda do município.
A prefeita de Lagarto decidiu aderir ao Consórcio Público dos Municípios uma semana depois do Supremo Tribunal Federal (STF) decidir retirar a exclusividade do Ministério da Saúde e permitir que Estados e Municípios também possam adquirir vacinas contra a covid-19. Com isso, a expectativa é que o Consórcio inicie a compra dos imunizantes em abril, já que os prefeitos têm até o dia 05 de março para aderir a iniciativa.
Como será a compra via consórcio?
Segundo a Frente Nacional dos Prefeitos, os recursos para compra de vacinas poderão ser disponibilizados de três formas: por meio dos Municípios consorciados, do aporte de recursos federais e de eventuais doações nacionais e internacionais. Entretanto, o presidente da entidade, Jonas Donizette, afirmou – em reunião virtual com mais de 300 prefeitos – que a aquisição somente ocorrerá caso o Programa Nacional de Imunização não consiga suprir a demanda da população brasileira.
Ele reforçou também que a primeira tentativa será para que os municípios não precisem desembolsar nada para aquisição das vacinas. “Caso isso ocorra, a ideia é reembolsá-los. Não seria adequado os municípios terem esse gasto diante do PNI, pois já estão afogados em dívidas por conta do momento”, disse o presidente Jonas Donizette.
Já o secretário-executivo da FNP, Gilberto Perre, esclareceu que a intenção não é competir com o Ministério da Saúde na compra de vacinas, mas de somar esforços. “Os desafios são grandes, mas a proposta não é contrapor o governo em relação às vacinas que já estão em contratação, é somar esforços com as que têm potencial. Essa pandemia pode se transformar em endemia e os municípios precisam estar preparados para alcançar resultados positivos com a vacinação”, disse. Até o momento, dez vacinas estão aprovadas e disponibilizadas e cerca de 240 estão em teste.