A Prefeitura Municipal de Tobias Barreto se manifestou, na manhã desta quinta-feira, 14, em relação a reivindicação dos servidores do município que estão cobrando o pagamento do salário referente ao mês de dezembro de 2020. O Município propôs pagar o salário atrasado em 11 parcelas (fevereiro a dezembro de 2021) e prometeu realizar um empréstimo para pagar em parcela única o salário deste mês de janeiro.
Foi realizada uma coletiva de imprensa por meio das redes sociais, para anunciar as medidas a serem adotadas na atual gestão, com foco na recuperação econômica do município.
Durante a coletiva, a justificativa dada pelo prefeito sobre o atraso no pagamento foi de que, após a transição de gestão, a atual equipe constatou que a prefeitura foi deixada com cerca de R$ 60 milhões em dívidas a serem pagas, sendo uma delas o salário dos servidores referente ao mês de dezembro de 2020, dívida apontada pela atual gestão como competência da administração passada, porém não cumprida.
Ao ressaltar novamente que o compromisso do pagamento não é responsabilidade da gestão atual, a prefeitura divulgou o planejamento para pagar o salário dos servidores efetivos. O projeto inicial é parcelar o pagamento de fevereiro a dezembro de 2021 e antecipar o pagamento de janeiro, ou realizar empréstimo para pagar em parcela única.
“Caso não consiga antecipar o valor de janeiro, vamos parcelar o pagamento a partir de fevereiro, após receber o relatório final de gestão, até dezembro de 2021. Enquanto isso, vamos tentando o empréstimo e se der certo, a qualquer momento, liquido o restante. Espero que a população compreenda a situação. Eu, ao lado do vice-prefeito César Prado, quero pagar”, explica o prefeito Dilson de Agripino.
Segundo informações dadas na coletiva, a partir da próxima terça-feira, 19, representantes de cada categoria vão se reunir na prefeitura para facilitar o diálogo em relação à demanda. “Quero agradecer aos servidores pela compreensão e sei que eles não têm culpa, por isso quero que o diálogo seja próximo. Há quatro anos, não entreguei a prefeitura com esse caos que estou recebendo agora e nenhum servidor precisou cobrar o salário atrasado”, diz Dilson.
Além dos debates sobre o atraso do pagamento e possíveis soluções, durante o pronunciamento do prefeito, foram anunciados os decretos de Emergência Administrativa e Financeira e de Contingenciamento. “A ordem é não gastar. Priorizar somente urgências e emergências para gastar o mínimo possível e isso foi passado para todos os setores da administração. Tomei a atitude porque não sei quais surpresas terei até o final do mês de janeiro, já que ainda não recebi o relatório final da gestão passada, que deve chegar até o dia 31”, afirma.