A deputada estadual Maria Mendonça (PSDB) classificou como “lastimáveis” os prejuízos gerados pela pandemia da covid-19 ao mercado de turismo. “Segundo dados da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo), entre março e agosto deste ano, o setor perdeu 49,9 mil estabelecimentos que geravam emprego e renda para inúmeras famílias”, apontou.
De acordo com os dados da entidade, o saldo negativo no período corresponde a 16,7% do número de empresas do mesmo segmento, com vínculos empregatícios. O levantamento mostra, ainda, que as micro e pequenas empresas foram as mais afetadas, com perdas de 29,2 mil e 19,1 mil, respectivamente.
“A atividade do turismo foi uma das mais atingidas logo no início da pandemia e, ainda, não há perspectiva de retorno”, disse Maria, ressaltando que “isso acabou dificultando a vida dos empreendedores que, durante esse período, não tiveram a quem recorrer e nem como manter estrutura, cujas despesas foram conservadas, mas sem a entrada de receita para cobri-las”.
A deputada salientou que há toda uma discussão em torno do caráter não essencial desse serviço, “mas não podemos esquecer que o turismo é um dos principais pilares da economia”. De acordo com Maria, “a chamada indústria sem chaminé, sempre gerou milhões de empregos diretos e indiretos, e é uma mola propulsora da economia e do desenvolvimento do país”.
Segundo cálculos da CNC, de março a setembro deste ano, o turismo no Brasil perdeu R$ 207,85 bilhões. Até julho, o faturamento do setor já havia apresentado queda de 56,7%, comparando-se com a média verificada no primeiro bimestre de 2020.
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em seis meses de pandemia, 481,3 mil postos formais de trabalho foram fechados, retraindo em quase 14% o número de pessoas ocupadas.
“O fantasma do desemprego foi potencializado nesse período, porque as empresas não suportaram fechar as portas dada – a necessidade do isolamento social – mas sem compensações. Apenas foram obrigadas a suspender as atividades, mas sem as mínimas condições para se manterem saudáveis no mercado e com capacidade para preservar os empregos”, observou a deputada.