A vida política estanciana muitas vezes tem decepcionado o seu eleitorado. Mas também tem causado altivez, quando no passado, a sua Câmara de Vereadores já foi presidida por uma mulher, Francisca dos Santos Assunção. Foi ela, a primeira vereadora de Estância e a mais votada na eleição de 1950. O seu mandato foi de 1951 a 1955.
Francisca dos Santos chegou a assumir a presidência da Câmara de Estância. Ela não era natural de Estância, porém, contribuiu enormemente para o progresso desta cidade, desde quando aqui chegou, vinda da cidade baiana de Esplanada. Naquela época, a Câmara de Vereadores, se compunha apenas por cinco vereadores.
A história estanciana relata que a segunda mulher a ter mandato parlamentar em Estância, foi a professora Joaquina de Souza, do PTB, que era filha da cidade de Arauá. Também na década de 50. Segundo João de Agiu, Joaquina ficou como suplente e depois assumiu o cargo de vereadora. Outras após elas, já vieram como: Raimunda Soares, Hélia Pinto, Maria de Jadiel, Edneuza da Farmácia, e agora Chica do Fato.
São esses momentos de orgulho, nos quais, a mulher conquistou o seu direito de votar e ser votada, e a juventude, que a partir dos seus 16 anos, já pode também votar (não obrigatório). Mas é preciso valorizar o seu voto.
O voto é promessa livre e deliberada a alguém ou a alguma coisa que lhe é agradável. O voto é desejo sincero, oferenda em cumprimento de promessa, modo de manifestar a vontade de ter alguém que você acredita que pode ser um vereador ou um prefeito.
As eleições são o maior espetáculo da democracia. É com o voto que todos os cidadãos se igualam, tornam-se, nivelam-se, independente da riqueza e do poder que possam ter enquanto indivíduos.
Os eleitores esperam dos candidatos (que ainda estão sendo pré-candidatos) a vereador e a prefeito, a utilização dos seus recursos e o tempo disponível para defenderem suas propostas e mostrarem seu programa de governo.
A campanha é uma oportunidade para que as pessoas possam escolher aquele que julga ser o melhor vereador, o melhor administrador e que tem as melhores propostas.
O eleitorado merece consideração. Porque, o direito ao voto universal é fruto de uma longa luta social, é uma conquista.
Por várias vezes na histórica política do Brasil, o direito ao voto esteve ameaçado, quando ocorreram as restrições políticas impostas pelo regime militar, em 1964.
O voto das mulheres, o voto dos analfabetos e o voto dos jovens de 16 anos, é resultado de longos empenhos políticos que exigiram grandes atos de abnegações. Essas lutas, para que você, mulher, jovem e analfabeto pudesse ter o direito a votar e ser votado, podem e devem ser valorizadas.
Você que é pré-candidato e mais tarde candidato a vereador, ou a prefeito, você tem, portanto, obrigação de respeitar o voto de cada cidadão. Esse respeito deve ser manifestado no seu procedimento enquanto candidato a vereador ou a prefeito desta ou daquela cidade.
É isso que esperam os eleitores e é assim que se fortalece a técnica da democracia.
Redação A Tribuna Cultural