Israel assinou, nesta terça-feira (15), acordos para estabelecer relações diplomáticas com Emirados Árabes e Barein, em histórica cerimônia realizada na Casa Branca com a presença do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A assinatura dos chamados Acordos de Abraham contou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e os ministros das Relações Exteriores dos Emirados Árabes, Abdullah bin Zayed Al Nahyan, e do Barein, Abdullatif bin Rashid Al Zayani.
Trump também assinou os pactos como mediador, e afirmou que, pela primeira vez em 26 anos, Israel assinou um acordo diplomático com um país árabe. Em seguida, antecipou que o mesmo acontecerá em breve com, ao menos, cinco outros países.
"Estamos aqui, nesta tarde, para mudar o rumo da história. Após décadas de divisão e conflito, marcamos o amanhecer de um novo Oriente Médio" disse Trump durante a cerimônia.
Os pactos formalizam a decisão de Israel e Emirados Árabes de estabelecer relações diplomáticas, anunciada no dia 13 de agosto, e normalizam também os laços entre o governo israelense e Barein, que revelaram o acordo na sexta-feira passada.
Com a assinatura, Israel passa a ter relações diplomáticas com quatro países árabes, contando com os laços com Egito (1979) e Jordânia (1994).
Antes da assinatura, Netanyahu afirmou que a paz, "eventualmente, será expandida para incluir outros Estados árabes e, no final, acabar com o conflito árabe-israelense de uma vez por todas".
O ministro das Relações Exteriores dos Emirados Árabes, Abdullah bin Zayed Al Nahyan, também mencionou o conflito entre israelenses e palestinos.
"Este acordo nos permitirá continuar defendendo o povo palestino e tornar realidade a esperança de um Estado independente dentro de uma região estável e próspera", comentou o ministro emiradense.
O diplomata agradeceu por Netanyahu "interromper a anexação dos territórios palestinos" em virtude do acordo, embora o premiê israelense tenha dito que a anexação de parte da Cisjordânia ocupada segue "sobre a mesa".
Já o representante do Barein, Abdullatif bin Rashid Al Zayani, opinou que os acordos assinados "são um passo histórico no caminho rumo a uma paz genuína e duradoura" no Oriente Médio.