As Bolsas da Ásia fecharam em baixa generalizada nesta quarta-feira, 9, com perdas da maioria das ações do setor de tecnologia, após Wall Street sofrer um novo tombo na quarta-feira, 8, em movimento conduzido pelo Nasdaq, índice composto em boa parte por ações do ramo de trecnologia no mercado de ações dos Estados Unidos. A queda foi o terceiro pregão consecutivo de baixas acentuadas. O índice se desvalorizou mais de 10% desde quinta-feira da semana passada.
Do outro lado do mundo, dados oficiais chineses mostraram que a taxa anual de deflação ao produtor da segunda maior economia do mundo diminuiu de 2,4% em julho para 2% em agosto, como previam analistas. Já a taxa de inflação ao consumidor desacelerou de 2,7% para 2,4% no mesmo período, ficando um pouco abaixo do consenso de 2,5%.
Bolsas da Ásia
O índice acionário japonês Nikkei caiu 1,04% em Tóquio, a 23.032,54 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 1,09% em Seul, a 2.375,81 pontos, o Hang Seng cedeu 0,63% em Hong Kong, a 24.468,93 pontos, e o Taiex registrou queda de 0,43% em Taiwan, a 12.608,58 pontos.
Na China continental, os mercados também sentiram o impacto de Wall Street. O Xangai Composto recuou 1,86%, a 3.254,63 pontos, encerrando o dia no menor nível desde o fim de julho, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve baixa ainda mais expressiva, de 3,22%, a 2.175,77 pontos.
Na Oceania, a Bolsa australiana também ficou no vermelho, pressionada pelos setores petrolífero (-4,7%) e de tecnologia (-2,4%), após as cotações internacionais do petróleo sofrerem tombos de 5,3% a 7,6%. O S&P/ASX 200 caiu 2,15% em Sydney, a 5.878,60 pontos, seu menor patamar desde 29 de junho.
Bolsas da Europa
As Bolsas europeias operaram sem direção única nos primeiros minutos do pregão desta quarta-feira, após mais um dia de fortes perdas lideradas pelo setor de tecnologia em Wall Street. Às 4h08, no horário de Brasília, a Bolsa de Londres caía 0,09%, enquanto a de Frankfurt avançava 0,34% e a de Paris se mantinha estável. Já a de Milão subia 0,01%, a de Madri recuava 0,18% e a de Lisboa se valorizava 0,30%.
Ao longo da manhã, os mercados do velho continente ganharam força em meio ao avanço dos índices futuros das Bolsas de Nova York, movimento que sugere que os mercados americanos à vista poderão se recuperar nesta quarta-feira após as fortes perdas. Às 5h09 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 1,11%, a de Frankfurt avançava 1,09% e a de Paris se valorizava 0,86%.
Petróleo
Os contratos futuros do petróleo operam em leve baixa na madrugada desta quarta-feira, ampliando as acentuadas perdas de 5,3% a 7,6% da sessão anterior, à medida que o aumento de casos de covid-19 em alguns países prejudica esperanças de que haja uma recuperação sustentável da demanda global pela commodity. No fim da tarde, investidores vão acompanhar a pesquisa semanal do American Petroleum Institute (API) sobre estoques de petróleo dos EUA. Às 5h09 (de Brasília), na Nymex, o barril do petróleo WTI para entrega em outubro tinha alta de 2,12%, a US$ 37,54. No mercado futuro de Wall Street, o Nasdaq ganhava 1,68%, o Dow Jones subia 0,78% e o S&P 500 avançava 0,92%.