O exército do Líbano revelou nesta quinta-feira (3) que descobriu um novo estoque de cerca de 4 toneladas de nitrato de amônio na entrada do porto de Beirute, a mesma substância que entrou em combustão no último dia 4 de agosto, causando a megaexplosão que arrasou a capital do país.
Na ocasião, 2,75 mil toneladas do componente químico, usado principalmente para a fabricação de fertilizantes, explodiram. No total, mais de 180 pessoas morreram, cerca de 6,5 mil ficaram feridas e mais de 200 mil precisaram abandonar suas casas, danificadas pela imensa onda de choque.
O nitrato de amônio que explodiu há um mês tinha permanecido esquecido no porto durante sete anos, depois que o navio cargueiro que o carregava fez uma parada fora dos planos em Beirute e nunca mais foi liberado.
Contêineres de material explosivo
De acordo com o exército, especialistas foram chamados pela alfândega para inspecionar quatro contêineres armazenados nas proximidades do porto, onde focam localizadas 4,35 toneladas de nitrato de amônio. Não foram divulgados detalhes sobre a origem do composto nem sobre quem seriam os donos.
O exército se limitou a dizer que o problema do material estaria sendo "solucionado", mas não especificou se o nitrato teria sido removido do local ou destruído.
Segundo a mídia local, o administrador do porto, Bassem al-Qaisi, contou que existem 43 contêineres com material inflamável na região, e que já solicitou ao governo várias vezes que eles fossem removidos. Outros 20 contêineres já foram retirados e armazenados fora da zona portuária.
Pelo menos 25 pessoas, na maioria funcionários e administradores do porto e da alfândega portuária, foram presos durante as investigações sobre as causas da tragédia.