O exército israelense anunciou nesta terça-feira novos bombardeios na Faixa de Gaza em resposta ao lançamento de balões incendiários a partir do território palestino.
Os novos bombardeios acontecem no momento em que uma delegação egípcia tenta reduzir a tensão na região, de acordo com uma fonte do movimento islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza.
Ninguém ficou ferido nos bombardeios, de acordo com a mesma fonte.
Os bombardeios israelenses tiveram como alvo "infraestruturas subterrâneas do Hamas na Faixa de Gaza", afirma um comunicado militar israelense, que vincula o ataque aos "balões explosivos e incendiários lançados desde Gaza contra Israel".
A delegação do Egito chegou na segunda-feira a Faixa de Gaza, onde se reuniu com líderes do Hamas. Também terá encontros com funcionários da Autoridade Palestina na Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967, segundo uma fonte do movimento islamita.
No domingo, o exército israelense fechou a zona de pesca de Gaza e bombardeou várias posições do Hamas, como represália pelo lançamento de foguetes e balões incendiário.
Desde que o Hamas assumiu o controle de Gaza depois de vencer as eleições legislativas há mais de uma década, Israel impõe um severo bloqueio por terra, mar e ar sobre o território.
O enclave palestino tem população de mais de dois milhões de pessoas, a maioria delas refugiadas e quase 80% dependentes de ajuda humanitária, de acordo com dados da UNRWA, a agência da ONU para os refugiados palestinos.
Desde 2008 Gaza foi cenário de três guerras entre Israel e os movimentos armados palestinos.
Apesar da trégua decretada no ano passado, após a mediação da ONU, Egito e Catar, os movimentos armados de Gaza, incluindo o Hamas, e Israel se enfrentam esporadicamente.