Nesta sexta-feira, 30 de julho, a Biblioteca Pública Epiphanio Dória lança exposição em homenagem ao aniversário do historiador, pesquisador e intérprete da história de Sergipe, Pedrinho dos Santos. Se vivo estivesse nesta data, Pedrinho estaria completando 76 anos. A exposição que conta um pouco da história desse ilustre sergipano nascido em Laranjeiras e que empreendeu uma dedicação incondicional a Epiphanio Dória fica em cartaz no hall da Biblioteca até o dia 13 de agosto, no horário de funcionamento da Bped, das 7h às 13h, seguindo todas as medidas sanitárias.
Funcionário da Biblioteca Pública Epiphanio Dória por 28 anos, Pedrinho dos Santos, guardião da memória e história sergipanas, foi, dentre tantas coisas, diretor do Conselho Estadual de Cultura, sendo o primeiro negro a presidir a instituição. Historiador de formação, escritor e pesquisador, Pedrinho dos Santos deixou cinco livros publicados; dezenas de artigos veiculados em jornais; além de ter escrito vários prefácios e abas de livros de autores sergipanos. Ensaísta antológico, Pedrinho também era chamado de zelador cultural da memória sergipana.
Para Juciene Maria de Jesus, diretora da Biblioteca Pública Epiphanio Dória, Pedrinho teve um papel extraordinário na conservação e na preservação física da documentação histórica do estado de Sergipe. “Seu amplo conhecimento foi essencial na organização e preservação da nossa memória. Senhor Pedrinho era o responsável pela organização do setor documental da Biblioteca Epiphanio Dória; um verdadeiro acervo humano, e contribuiu bastante para a formação de muitos historiadores e professores de Sergipe. Não existe um historiador, pesquisador ou estudante que não procurasse Pedrinho dos Santos para alimentar e enriquecer seus trabalhos com suas informações. A ele toda nossa gratidão, sempre”, afirmou.
Amiga pessoal do homenageado, a escritora e membro da Academia Sergipana de Letras, Ana Maria Fonseca Medina, disse que o nome de Pedrinho dos Santos é um ícone da memória e da história sergipanas. Ana Medina, que sempre se emociona ao falar de Pedrinho dos Santos, não esconde a admiração e gratidão ao amigo. “Oriundo da cidade de Laranjeiras, ele tatuou na alma a lembrança daquela cidade presépio, cheia de lendas e histórias de sincretismos, de culinária rica, de folclore exuberante, de homens ilustres. Historiador de formação, pesquisador percuciente, logo percebeu que sua missão era um dever de cidadania: proteger os bens materiais e imateriais do nosso estado, seguindo os passos de Epiphanio Dória, Thetis Nunes, entre outros. Trabalhou ao lado de Jackson da Silva Lima, classificando e organizando preciosidades literárias e históricas das nossas instituições. Nos últimos tempos, enclausurou-se numa sala na Biblioteca Pública do Estado e lá deu o melhor dos seus dias para salvaguardar aquele patrimônio. Era um entusiasta da pesquisa. Escreveu algumas obras que hoje são referências e respeitadas aqui e alhures. Devo-lhe uma enorme gratidão pela presteza como atendia às minhas solicitações. Saudades do fraterno amigo”, ressaltou.