A pandemia mudou a forma de consumir música por todo o mundo. Diante da pausa obrigatória em shows e atividades presenciais, como medida de contenção da Covid-19, artistas improvisaram e se tornaram adeptos às lives para levar suas músicas ao público. Na Bahia, os foliões trocaram as tradicionais micaretas por transmissões ao vivo na sala de casa. Um dos maiores representantes da música no nosso estado, o cantor Durval Lelys, falou em Live com o apresentador Zé Eduardo na noite desta segunda-feira, 26, sobre as adptações do mercado para encarar esse 'novo normal'
'O que a gente queria mesmo era voltar para os palcos, ter contato com o público e retomar os shows. Mas, enquanto não é possível, precisamos encarar essa realidade. Sabendo que, mesmo após a vacinação, as coisas não vão voltar ao que eram. Vamos ter que nos adaptar ao novo normal" destacou.
Falando um pouco sobre a situação política e social que acabaram refletindo na vacinação do país, Durval garantiu que é a favor de qualquer tipo de imunizante e que não vê outro caminho para que possamos vencer o novo coronavírus. "Eu já tomei as duas doses da coronavac, mas eu te digo com toda certeza que tomaria todas as vacina possíveis, o que eu quero é voltar a fazer meus shows".
Fundador do Águia de Asa e um dos pais da axé music, o cantor também falou sobre a decisão de seguir carreira solo. " Pra falar a verdade, nunca tive problema com a marca Asa de Águia, mas o Durval é muito mais. Eu sou Trivela, sou CocoBambu... Enfim, optei por ser livre. Foi uma decisão pessoal muito importante para a minha vida, me afastei de todas as estruturas empresariais às quais pertencia e ajudei a criar, com o único objetivo de passar a me dedicar com exclusividade a criar, tocar e cantar, as coisas que mais gosto de fazer nessa vida", ressaltou.
Com a retomada de shows presenciais em alguns estados, Durval afirmou vislumbrar um cenário diferente para a Bahia, longe da propagação do coronavírus."Eu penso em um show na praia, na barraca da Pipa, ao ar livre. Um fim de tarde, área aberta. Essa é minha onda, todo mundo sabe. E as pessoas se identificam" destacou.
Para finalizar, o artista falou sobre suas expectativas para o carnaval de 2023. "Já tenho vários contratos em andamento, só depende mesmo do andamento da pandemia e avanço da vacinação. Eu não quero deixar ninguém agoniado e nem me precipitar. Mas, eu posso dizer que meu carnaval está fechado. Porque assim, quem quiser me contratar eu tô aí. Se não rolar, a gente não faz. E se isso acontecer, eu faço questão de não receber um real de ninguém", defendeu Lelys.