O torcedor do Bahia esperava uma resposta do time após a sonora goleada sofrida para o Fortaleza, na última rodada. E ela veio em forma de vitória por 1 a 0 sobre o Criciúma, na noite do último domingo. Nada mais que isso. Longe de ser brilhante, o Tricolor cumpriu o seu dever de casa diante de um adversário em outra luta na competição para voltar a vencer e seguir no G-6 do Campeonato Brasileiro.
Rogério Ceni mostrou que a goleada para o Fortaleza não abalou a sua forma de enxergar a equipe, que teve a escalação titular mantida, a exceção do esperado retorno do zagueiro Kanu. Uma atitude que, convenhamos, não deve ter surpreendido nenhum dos 24.484 mil pagantes na Arena Fonte Nova.
E também como esperado, o Bahia teve mais posse de bola e presença no campo de ataque. Um roteiro bem conhecido, principalmente em jogos da equipe em casa. Assim como a dificuldade em transformar em chances claras de gols, como aconteceu no início da partida deste domingo.
O Bahia teve dificuldade de penetração na área e até arriscou mais bolas longas e chutes de fora da área que o habitual. Defensivamente, embora o Criciúma tenha acertado a trave aos seis minutos (Claudinho estava impedido), ao menos a equipe visitante não teve tanto dificuldade no primeiro tempo. E o talento resolveu na frente.
Arias, que já fazia um bom jogo como válvula de escape pela direita, fez jogada individual e serviu Cauly, que acertou em um belo chute. O meia, que até então fazia jogo ruim, foi decisivo em abrir os caminhos na Arena Fonte Nova. Gol que parece que tirou um peso das costas da equipe, que se soltou e poderia ter ampliado em jogadas pelo alto com Thaciano.
Etapa final de chances e ineficiência
O roteiro da etapa final foi completamente diferente. Esqueça o controle com a posse de bola e o jogo cadenciado. No início, o Bahia entrou em trocação com o Criciúma, que teve ao menos duas chances de empatar a partida. Por outro lado, o Esquadrão também teve suas oportunidades, mas, assim como o adversário deste domingo, concluiu quase todas de forma equivocada.
Ainda assim, o Bahia foi quem esteve mais próximo de anotar o seu gol no segundo tempo. Foram diversas as chances, principalmente quando o time teve todo contra-ataque e espaço do mundo para tomar a melhor decisão, seja dentro ou fora da área. E, nestes momentos, Ratão, Lucho Rodríguez e Ademir, que entraram para definir a partida no segundo tempo, mais atrapalharam.
Os problemas nas conclusões poderiam ter custado muito caro para o Bahia, que ainda viu Felipe Vizeu furar dentro da área de forma bizarra em chance que poderia ter decretado o empate.
A vitória veio, mas longe do desempenho que o Bahia já mostrou ser capaz de ter nesta temporada. Neste jogo, passou. Mas o ano do clube já mostrou que em jogos mais cascudos este tipo de desempenho não é o suficiente. E no, próximo sábado, o adversário da vez é o Flamengo.