O quadro “A Memória Do Craque do Passado”, que tem como finalidade resgatar fatos, histórias e, sobretudo, pessoas que viveram e participaram do futebol estanciano, vem ganhando respaldo no meio desportivo. Isso faz com que a “A Memória do Craque do Passado” continue apresentando e trazendo para os ouvintes do programa Esperança Esportes, nomes de craques, que talvez, muitos não conheceram e passam a conhecer a partir desse quadro “A Memória do Craque do Passado”.

O ex-atleta José Henrique Correia, mais conhecido como Alberí, esse seu apelido, surgiu ainda na juventude. É que, naquela época, existia um jogador do time ABC de Natal, que se chamava Alberí, então os amigos de Henrique, pela sua aparência com esse atleta, passaram a chamá-lo também de Alberí e até hoje Henrique é conhecido como Alberí. Ele nasceu no dia 22 de julho de 1956, na cidade de Santa Luzia do Itanhy, precisamente num lugar chamado Mocambo.

Filho de Maura Correia de Jesus e de Antoniel Correia de Jesus, Alberí veio com seus pais morar em Estância, ainda criança. Ele é irmão da cantora Maria Valdice, que se apresentou e cantou por muito tempo no Auditório da Rádio Esperança.

Alberí começou a jogar bola como todos os meninos do seu tempo começaram, num campo localizado na Praça do Amparo, fundo do Colégio Sagrado Coração de Jesus. Naquele tempo, ele recorda de alguns colegas que brincavam juntos com ele, e destaca um deles, o Sidney (que mais tarde veio a jogar em times famosos do Rio de Janeiro e que já foi até presidente do Estanciano). (Foto: Ilustração)

Assim que deixou de jogar pelada no campo de várzea da Praça do Amparo, Alberí foi convidado para fazer parte do time Ypiranga, do senhor Domício, que existia no bairro Bonfim. Quem o levou foi um jogador por nome de Alemão, que também integrava essa agremiação.

Quando deixou o Ypiranga,  Auberí, foi jogar no time Portugal, que tinha como técnico Aloísio Baié. O Portugal naquela ocasião era o próprio Juvenil do Estanciano Esporte Clube.

Alberí recorda, que um jogador por nome de Humbertino, chegou da cidade de Itabaiana para jogar também no Portugal, ou seja, o Juvenil do Estanciano. Ele jogava de extrema esquerda, mas depois que aconteceu uma recreação, para descobrir a verdadeira posição do jogador, Humbertino se deu bem como goleiro. E de fato, foi um grande goleiro, chegou a jogar pelo Sergipe e mais tarde por times do Ceará.

Jogando mais de quatro anos pelo time titular do Estanciano Esporte Clube, Alberí tomando conhecimento da atuação do Santa Cruz Esporte Clube e seguindo os amigos Valmir, Moscou, Barata e Zé Maria,  ele deixa o Canarinho do Piauitinga e va jogar pelo Azulão do Piauitinga.

Alberí chegou no Santa Cruz de Dr. Jorge Leite, em 1973. Já em 1975, ele serviu ao 28º Batalhão de Caçadores, unidade do Exército Brasileiro,  e por lá costumava jogar no time formado por soldados e ainda tirava um tempinho para treinar no Confiança e no Vasco de Aracaju.

O craque Alberí lembra que passou seis anos no Santa Cruz e trabalhava  na Fábrica Constâncio Vieira na parte da Mecânica Geral.

Lembra ainda da partida que aconteceu no Batistão, quando o Santa Cruz enfrentou o Sergipe e venceu pelo placar de 2 x 1. Os gols foram marcados por ele e por Moscou. “Guiu, filho do saudoso ABC, jogava na linha de fundo, então, ele cruzou a bola e eu marquei o primeiro gol e depois Moscou completou a vitória”, disse Alberí.

Assim que deixou de jogar profissionalmente, Alberí fez parte do time Quarentões, do senhor Everaldo e também do Quarentões de Aracaju.

Orientado por um amigo, Alberí jogava bola e também trabalhava, com o intuito de mais tarde garantir sua aposentadoria.

Formado pela Escola do SENAI como Mecânico Geral, ele trabalhou na Fábrica Confiança (Aracaju) e nas fábricas Constâncio Vieira, Senhor do Bonfim, Consórcio de Acabamentos, Maratá, G. Barbosa, Posto Estanciano e no Trecho.

Hoje aposentado, casado com Dona Maria Lúcia, Alberí é pai de três filhos: Saulo, Júnior e Carina; avô do garotinho Paulo (que integra a Escolinha de Futebol Fluminense) e  reside na Rua Marechal Deodoro da Fonseca, antiga Rua do Quilombo, em Estância.

Por Magno de Jesus

10 /04/2024