Como diz o velho e conhecidíssimo adágio popular: recordar é viver!! Viver um registro de muito saudosismo. A memória do futebol e dos jogadores que nasceram e de outros que viveram somente em Estância, mas que fizeram parte da vida esportiva estanciana, é sem sombra de dúvida uma marca registrada de recordações e emoções. Nesse contexto, vale a pena relatar essas memórias.
Everaldo Santos Matos conhecido como Vevé, denominação carinhosa herdada dos seus pais durante a infância, nasceu em Estância, no dia 11 de fevereiro de 1951. Filho de Ailton Matos e de Maura Santos.
Com 13 anos de idade, Vevé começou a jogar futebol nos campos de várzeas pelo time de um senhor apelidado de Chico Macaco, que era engraxate e residia na Rua da Caixa D’Água. Depois foi jogar no Flamenguinho, de João Soldado.
Quando João Soldado foi convidado para treinar o Estanciano Esporte Clube, em 1975, que nessa época o presidente do Clube Canarinho era Zé Francisco, Vevé foi levado por João Soldado para jogar no Estanciano. A partir de então, o lateral direito ficou sendo titular do clube da “Boa Viagem”, como muitos tratavam o Estanciano.
Vevé lembra, que durante o tempo que ele ficou jogando no Estanciano, de 1976 a 1983, diversos treinadores como Professor Silva, Dimas, Jaime e Júlio Porto, passaram pelo comando técnico do Canarinho do Piauitinga.
Vevé recorda da partida, na qual ele foi o autor do único gol, no Estádio Lourival Baptista, o Batistão, em Aracaju. Isso, num domingo à tarde, em 1983, o Estanciano venceu o Olímpico de Aracaju pelo marcador de 1 x 0.
O jogador revela as diversas viagens com Estanciano pelo estado de Sergipe, atuando no seu único clube profissional e também participando de amistosos nas cidades baianas de Alagoinhas e Itabuna.
Em 28 de outubro de 1976, Vevé foi convidado para integrar uma Seleção Sergipana. Do Estanciano, ele foi o único chamado. E do Santa Cruz, apenas Miro e Val de Tarati.
O ex-atleta destaca ainda, o vice Campeonato Sergipano que o Estanciano conseguiu em 1983, deixando o Confiança ficar com a Taça, quando o “Dragão do Bairro Industrial”, ganhou de 2 x 1 para o Canarinho. O Estanciano foi formado por: Nêgo, Almeida, Lima, Amaro; Horácio, Neguinho, Bodi (Peninha); Luiz Carlos, Misso, Lauro e China. Técnico Jaime de Souza Lima.
No fim de 1983, Vevé se aposenta do futebol e vai ser operário da Fábrica de Tecidos Consórcio Textil de Acabamento, depois que saiu da fábrica, foi atuar como encanador ao lado de Bebel e em seguida de João Batista (conhecido por Jega).
Hoje aposentado, Vevé, aos 72 anos, vive ao lado da esposa Maria Lúcia Santos Matos e dos três filhos: Tiago, Ednaldo e Edson. Ele reside no Conjunto Camaçari, bairro Bomfim, em Estância.
Por Magno de Jesus
Redação Tribuna Cultural