A Fifa introduzirá na próxima semana amplas mudanças nas regras sobre como os empresários de jogadores futebol operam, incluindo um limite para as comissões de transferência que eles recebem e a introdução de uma prova para exercer a profissão, disse o órgão regulador do esporte nesta sexta-feira (6).
As taxas pagas pelos clubes pelos serviços de intermediários foram de 622,8 milhões de dólares em 2022 (aproximadamente R$ 3,3 bilhões), informou a Fifa no mês passado, marcando um aumento de 24,3% em seus gastos com taxas em comparação com 2021.
Após a aprovação das mudanças acordadas em uma reunião do Conselho da Fifa em Doha, os agentes podem receber uma comissão máxima de 3% para qualquer transferência acima de US$ 200 mil (R$ 1 milhão) e de 5% para negócios abaixo de US$ 200 mil.
Sob os novos regulamentos, que entram em vigor na segunda-feira (9), os empresários também devem tornar públicas todas as transações, permitindo que os torcedores vejam quanto recebem pelos negócios.
As outras mudanças importantes incluem a introdução de um sistema de licenciamento obrigatório e a proibição de representação múltipla para evitar conflitos de interesse.
As pessoas que desejam se tornar representantes agora devem seguir um processo rígido, incluindo a necessidade de passar em uma prova da Fifa e, em seguida, pagar uma taxa anual ao órgão regulador.
“Isso marca um passo histórico para o estabelecimento de um sistema de transferências de futebol mais justo e transparente”, afirmou a Fifa em comunicado. “O novo regulamento introduz padrões básicos de serviço para empresários de futebol e seus clientes, tudo com o objetivo de reforçar a estabilidade contratual, proteger a integridade do sistema de transferências e alcançar maior transparência financeira.”
Os principais agentes do setor expressaram desaprovação sobre as propostas no passado. Jonathan Barnett, presidente e fundador da ICM Stellar Sports, que representa vários jogadores importantes, já ameaçou tomar medidas jurídicas caso as mudanças nas regras entrem em vigor.
Agência Brasil, via Reuters.