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ANÁLISE: VITÓRIA NÃO ESCONDE A DIFICULDADE DO FLAMENGO DE FURAR COLETIVAMENTE O BLOQUEIO DO VASCO

Time iguala o pior número de finalizações com Paulo Sousa, que povoa o ataque na reta final da partida, mas quem resolve é Arrascaeta em chute de fora da área

Publicada em 07/03/22 às 09:42h - 139 visualizações

Fred Huber — Rio de Janeiro


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ANÁLISE: VITÓRIA NÃO ESCONDE A DIFICULDADE DO FLAMENGO DE FURAR COLETIVAMENTE O BLOQUEIO DO VASCO
 (Foto: Gilvan de Souza/Flamengo)

Flamengo venceu o Vasco por 2 a 1, assegurou a segunda posição na classificação do Carioca, mas deixou a impressão no estádio Nilton Santos, no domingo, que poderia ter tido um desempenho melhor. Tanto coletivo quanto individual.

 

Contra o Vasco, a qualidade de Arrascaeta fez a diferença. Filipe Luís também foi bem. Mas, no geral, o time não teve muita criatividade para tentar furar o bloqueio vascaíno.

 

Flamengo até começou bem a partida, com uma pressão na saída de bola do Vasco que deu resultado e fez o time controlar as ações sem ser ameaçado. Aos dez minutos, Filipe Luís abriu o placar de cabeça após cruzamento de Arão.

 No terço final do primeiro tempo, o Vasco já começou a sair mais para o ataque e equilibrou um pouco a partida. No início da segunda etapa, aos cinco minutos, Andreas Pereira, pela perda da bola, e David Luiz, pela falta de combate, vacilaram no gol do Vasco.

 Com o jogo novamente em igualdade no placar, o Paulo Sousa e o Flamengo tentaram muito, mas sem efetividade e criatividade para superar o bloqueio vascaíno. O técnico tentou Vitinho, Pedro, Marinho... Encheu o time de atacantes, mas foi a qualidade de Arrascaeta, que já atuava recuado, quase como um volante, que resolveu em chute preciso de fora da área.

 Flamengo terminou o jogo com a seguinte escalação: Hugo, Rodinei, David Luiz e Filipe Luís; Marinho, Gomes, Arrascaeta, Vitinho, Bruno Henrique, Gabigol e Pedro.

Os números mostram um Flamengo com mais dificuldade para criar. O time igualou a pior marca de finalizações com Paulo Sousa até agora: 12, mesmo número conseguido nas partidas contra Fluminense e Nova Iguaçu. Apenas três destes 12 chutes foram na direção do gol.

- Eu creio que vão ter jogos que vão ser mais complexos. Clássico tem sempre sua complexidade, mesmo em termos emocionais. Vão ter jogos que vamos construir bastante, com muitas ocasiões de gols. Na segunda parte foi mais vontade de querer ganhar o clássico do que o controle do espaço. Hoje não foi assim (com um grande número de gols), mas creio que em outros jogos vamos conseguir - disse Paulo Sousa.

 Filipe Luís, o dono da bola

Assim como Arrascaeta, Filipe Luís foi um destaque na partida. E não só pelo gol. O time passou pelos seus pés mais uma vez. Ele foi o recordista de passes com 88 (apenas seis erros), quase o dobro do segundo colocando no ranking, David Luiz, que deu 48 - e acertou todos (no caso dos lançamentos, acertou dois e errou três).

 Comandante da saída de bola rubro-negra, Filipe contribuiu para o mapa de calor do time ficar bem mais pendente para o lado esquerdo, que durante o primeiro tempo teve Everton Ribeiro na ala e Arrascaeta mais avançado.

Finalizações do Flamengo contra o:

  • Boavista: 20 (7 na direção do gol)
  • Fluminense: 12 (6 na direção do gol)
  • Audax: 23 (9 na direção do gol)
  • Nova Iguaçu: 12 (6 na direção do gol) - vitória por 5 a 0
  • Madureira: 20 (7 na direção do gol)
  • Atlético-MG: 16 (3 na direção do gol)
  • Botafogo: 19 (9 na direção do gol)
  • Resende: 34 (11 na direção do gol)
  • Vasco: 12 (3 na direção do gol)

 

 




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