Depois de levantar a taça da Supercopa da Ucrânia com o Shakhtar Donetsk na última semana, o meio-campista Maycon volta suas atenções para a Liga dos Campeões. A equipe encara a Inter de Milão nesta terça-feira (28), pela segunda rodada da fase de grupos da competição.
Em entrevista ao SBT Sports, Maycon comentou sobre a emoção de disputar a competição e enfrentar grandes potências do futebol. "É o campeonato mais importante de clubes do mundo. Espero que seja uma grande Liga dos Campeões. No futebol tudo pode acontecer, quem sabe não beliscar uma vaga?".
Além da Inter de Milão, o Shakhtar está no grupo que conta com Real Madrid, os grandes favoritos para avançar às oitavas de final. Mas Maycon pontua que a equipe "tem o seu valor". "É claro que é muito difícil (passar por eles), que são os grandes da Itália e da Espanha, mas vamos trabalhar para fazer grandes jogos", afirma.
"Já vi muitos casos que o time não é o favorito e acaba vencendo, sobressaindo sobre os grandes. Futebol é jogado e a gente precisa trabalhar bastante para sempre estar evoluindo e fazer uma grande campanha, conseguir resultados", completa o jogador, reforçando que a disputa da Liga Europa na temporada pode ajudar o time comandado por Roberto De Zerbi.
"Acho que foi um ponto muito positivo para a nossa equipe. É claro que esse ano a gente sabe das dificuldades porque já encontramos Real Madrid e a Inter no ano passado, mas temos que buscar mais", diz Maycon.
O meia se transferiu para o Shakhtar em 2018, quando deixou o Corinthians. Apesar de ter apenas 24 anos, ele se considera um veterano no clube. "Visto o time que está jogando nos últimos jogos, eu me sinto. Sou o segundo ou terceiro mais velho. A nossa equipe está entrando bem jovem nos jogos da Liga dos Campeões, acho que a média é de 23 anos. Mas são três anos ainda, tenho que provar e fazer muita coisa. Quero sempre tentar evoluir para ajudar da melhor forma".
Com 12 brasileiros no elenco, o atleta se sente em casa. Em junho deste ano, Pedrinho chegou para compor o grupo e reencontrou o velho companheiro de Corinthians. "Ele é o jogador mais próximo porque tem mais tempo que eu conheço ele. É uma união antiga. Mas tenho muitos amigos, os brasileiros ficam mais próximos e a gente acaba tendo uma amizade muito grande", destaca Maycon.
O jogador conta que o clima entre os brasileiros é descontraído no vestiário. Eles costumam andar sempre juntos e se reunir para assistir aos jogos das equipes do Brasil. "Quando o fuso horário permite", ressalta.
"Os brasileiros são bem mais próximos. É claro que tem um ou outro acaba se aproximando mais: o Alan Patrick e o Moraes são de Santos. Eu e o Pedrinho que viemos do Corinthians. O Marlos e o Dodô são de Curitiba. Mas andamos todos juntos e isso é muito bom", revela.
Questionado se deseja retornar ao país - o meia ainda conta com mais duas temporadas no contrato - ele não hesita em dizer que sim. "É claro que é uma coisa que passa pela minha cabeça. Eu fui muito feliz no futebol brasileiro, fui muito feliz no Corinthians, tenho boas recordações. Pretendo um dia voltar. Não penso em encerrar a minha carreira sem passar pelo Brasil novamente".
Durante a entrevista, Maycon também deixou claro que um dos seus principais objetivos é chegar à seleção. O jogador chegou a participar do pré-olímpico, mas não foi convocado para as Olimpíadas de Tóquio - o Brasil conquistou a medalha de ouro após derrotar a Espanha.
"Fiquei muito feliz pelos meus amigos. Eu fiz amizades no pré-olímpico, joguei com alguns jogadores que chegaram a conquistar o ouro e vi de perto o trabalho que foi feito. O ouro olímpico mostra a força do Brasil. Como todo jogador de futebol sonha, estar na seleção olímpica era o meu objetivo principal. Infelizmente não aconteceu, mas não deixo de querer o bem da seleção e não deixo de querer estar lá. Tenho muita coisa para aprender e evoluir, mas o meu foco é um dia estar na seleção", conclui.
O Shakhtar está na lanterna do Grupo D da Liga dos Campeões. A equipe perdeu o jogo da primeira rodada por 2 a 0 para o Sheriff, time sensação do torneio. Nesta terça, encara a Inter de Milão às 13h45 (horário de Brasília), no Estádio Olímpico de Kiev.