Abel Ferreira estava disposto.Queria convencer o presidente Mauricio Galiotte a dar mais uma chance a Borja. O jogador voltou do Junior Barranquilla muito mais humilde do que jamais foi no Palmeiras.
O treinador português teria um jogador de maior presença na área. Como opção para Luiz Adriano e Deyverson.
Sim, a vida não seria tão fácil para o colombiano. Ele começaria de baixo para tentar recuperar espaço que já teve no time titular, ao ser comprado, em 2019, por R$ 77 milhões, na maior negociação da história do Palmeiras.
Tudo estava mais do que encaminhado quando Luiz Felipe Scolari pediu Luiz Adriano à cúpula gremista. Dirigentes entraram em contato com a diretoria palmeirense. A resposta foi negativa. Foi quanto Felipão alertou os dirigentes gaúchos sobre Borja. Consulta feita e Galiotte viu uma maneira de recuperar R$ 6 milhões. E poupar R$ 9 milhões. Ou seja, os salários do atacante por um ano e meio. Na contabilidade, R$ 15 milhões.
Tudo foi apressado quando Felipão teve a autorização para telefonar a Borja. Ele explicou seus planos sobre a reconstrução do Grêmio, atual penúltimo colocado no Brasileiro.
O colombiano percebeu que seria titular. Não seria terceira opção, atrás de Luiz Adriano e Deyverson. E aceitou a proposta.
Abel Ferreira nada pôde fazer. Mas Borja é um atleta que ele não deseja contar no Palmeiras. Por acreditar que o colombiano aceitaria se integrar ao grupo, mesmo como reserva, a Libertadores.
O Palmeiras liberou o jogador.
E impôs duas condições.
A que se surgir um clube europeu querendo comprar o jogador, o Grêmio tem de igualar a oferta, ou liberá-lo.
Os gaúchos acertaram a condição.
Outra exigência.
Que Borja assine uma prorrogação de contrato por um ano e meio, tempo que ficará no Grêmio.
Ele aceitou.
Felipão o quer como grande reforço não só para o Brasileiro, mas para a Copa do Brasil, que o time está nas quartas-de-final, disputando vaga à semifinal com o Vitória.
A ironia é que o treinador preferia Deyverson, quando comandava o elenco palmeirense.
Enquanto Borja se vai, o clube paulista fechou com Piquerez, lateral uruguaio de 22 anos, contratado para o lugar de Viña que foi para a Roma. Ele e Jorge disputarão a posição.
Galiotte tem certeza que o Palmeiras lucrará com o atleta.
No Uruguai vazou a informação.
A equipe brasileira pagou 3,8 milhões de dólares, cerca de R$ 19,7 milhões, pelo promissor jogador. Ao Peñarol e ao Defensor, donos dos seus direitos.
Abel Ferreira gostou dos vídeos que assistiu de Piquerez.
Lateral forte na marcação e no apoio, como o técnico gosta...