Foi covardia.O Flamengo, melhor time do Brasil, fez o que quis com o Corinthians, em plena Itaquera.
No estádio, o presidente Duilio Monteiro Alves teve a chance de observar o que perdeu, quando Renato Gaúcho preferiu ir para a Gávea e não para o Parque São Jorge.
Os assustados Renato Augusto e Giuliano perceberam o quanto é limitado o elenco que estão chegando.E César Sampaio, auxiliar de Tite deve ter reparado que Gabigol não joga enfiado, e que nem Everton Ribeiro ou Bruno Henrique são pontas direitas, como tiveram de jogar, e se queimarem, na Seleção Brasileira.
Com os jogadores atuando nas suas posições e com a postura corajosamente ofensiva, de Renato Gaúcho, o Flamengo não tomou conhecimento do fraco e tímido Corinthians de Sylvinho.
E transformou a Neoquímica Arena no Maracanã.
Atuou como se estivesse em casa. Marcando a saída de bola corintiana, dominando a intermediária, trocando passes, tabelando, impondo o ritmo que quis.
Atuando em bloco, vibrante, sedento de gols. Tudo isso diante da fragilidade técnica e postura medrosa do time de Sylvinho.
E, de forma absurda, dando todo espaço aos cariocas.
Renato Gaúcho cobrando forte, cobrando seu time o tempo todo, sufocando. Dominando completamente o confronto entre os clubes de maior torcida do país. Mas eternamente insatisfeito.
Enquanto Sylvinho, tenso, só se preocupava em cobrar o time atrás. Seu 5-4-1 era digno de time pequeno, mesmo em casa, com medo do adversário, buscando apenas fugir do vexame.
Com 43 minutos de partida, o Flamengo já goleava por 3 a 0.
A equipe de Renato Gaúcho chegava a 24 gols em seis partidas, seis vitórias.
Média impressionante de quatro gols por jogo.
O 'passeio' por São Paulo começou aos seis minutos, quando Arão roubou a bola do inseguro Adson, na intermediária. A bola foi para Everton Ribeir que, com toda a tranquiliade, dominou e bateu forte, sem chance para Cássio. 1 a 0.
O gol não mudou a postura dos dois times. O Flamengo atacando e o Corinthians subjulgado, submisso, já dando a partida como perdida. Nem garra, vontade, luta. Como se não quisesse sair envergonhado de Itaquera.
O time carioca seguiu criando e perdendo gols. Até que aos 39 minutos, Arrascaeta colocou a bola na cabeça de Gustavo Henrique, que parecia um gigante, diante de Fagner. Lógico, Flamengo 2 a 0.
Mas ainda havia tempo para o terceiro. Aos 43 minutos, Bruno Henrique cabeceou livre, assistência perfeita de Gabigol. 3 a 0.
No segundo tempo, o Flamengo tentou até mais gols, só que sem a mesma intensidade, com os três pontos já conquistados.
Até mesmo Renato já não cobrava tanto. Queria era só que seu time não corresse riscos. E seguiu com a posse de bola, sem correr riscos maiores.
Aos 43 minutos, minutos, Vitinho acertou ótimo e raro chute ao gol dado pelo Corinthians. O zagueiro Léo Pereira quis cortar. Mas e cabeceou, desviando a bola, enganando Diego Alves.
3 a 1.
Aos 47 minutos, Vital ainda acertou o travessão, que seria um exagero, outro gol do time amedrontado de Sylvinho.
Ficou muito barato para o Corinthians.
A derrota poderia ser por grande goleada.
O Flamengo não quis.
E já é quinto, com duas partidas a menos.
Com o oito pontos a menos que o líder Palmeiras.
A briga pelo tricampeonato brasileiro será séria...