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ANÁLISE: BAHIA TIRA 100% DO ATHLETICO JOGANDO NO LIMITE E COM FUTEBOL PARA O GASTO

Tricolor demonstra dificuldade para aproveitar superioridade numérica e conta com noite inspirada de Rossi para vencer o Furacão e seguir em alta no Brasileirão

Publicada em 25/06/21 às 11:58h - 383 visualizações

Ruan Melo — Salvador


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 (Foto: Reprodução)
O Bahia sente o desgaste, as mudanças, mas acumula bons resultados. O Tricolor bateu nesta quinta-feira o Athletico por 2 a 1, único time que estava 100% na Série A, e chegou ao terceiro jogo seguido sem derrota. Mas o bom momento não pode esconder o futebol no limite e abaixo do que a equipe pode produzir.

O elenco desgastado fez Dado Cavalcanti promover novas mudanças no time titular que não se resumiram a troca de peças, como também na forma que alguns jogadores atuavam. Thonny Anderson, que volta e meia substituía Gilberto, jogou no meio-campo, e Rodriguinho foi o "falso 9". Novidades que duraram só o primeiro tempo.

O Bahia do primeiro tempo ou quase todo o jogo foi um time previsível, com ou sem um jogador a mais. Desde o início, teve mais posse de bola, porém esbarrou na dificuldade de criação diante de um Athletico que começou o jogo com uma linha de cinco jogadores na defesa, seguida por outra de quatro atletas no meio-campo e Kayzer como referência. E a expulsão de Richard, aos 12 minutos,poderia abrir o caminho para um resultado tranquilo. Ainda mais quando, quatro minutos depois, Patrick de Lucca fez o primeiro gol.

O problema é que o Tricolor demonstra uma dificuldade imensa para ter uma atuação soberana e resolver seus jogos. Situação perigosa que dá margem para o adversário se manter vivo durante os 90 minutos e aproveitar falhas cruciais da equipe. O que novamente aconteceu.

Substituto de Conti, que saiu machucado, Luiz Otávio voltou a bobear e deu espaço para Terans empatar o jogo no primeiro tempo. O então Bahia então foi para o intervalo, em casa e com um jogador a mais, com o jogo empatado e, como Rossi mesmo disse, sob cobrança.
Com esse nível de atuação, nada restou a Dado a não ser abrir mão do descanso de Gilberto e colocar o centroavante em campo no segundo tempo. Embora ainda sem muita criatividade, a equipe aumentou o domínio da posse de bola e presença na área adversária, sempre apostando nos cruzamentos. De tanto tentar, conseguiu o gol derradeiro com Rossi, premiado também com a melhor atuação da equipe.

No fim das contas, o Bahia vai superando um mês duro de jogos com atuação no limite, mas com bons resultados. É verdade que não se pode justificar os momentos de futebol pobre pelo desgaste, mas há mais méritos nesse momento. Começa bem a Série A e tem a chance de trabalhar os ajustes com vitórias. Quem mais pode se dar a esse luxo?




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