Se não bastasse ter caído de rendimento nas últimas partidas, causando uma grande pressão dentro do clube, os 3 a 0 sofrido para o Bahia faz o Vasco alcançar a marca de seis jogos sem vitória (dois deles na Copa do Brasil), com sete bolas na rede de Fernando Miguel apenas nas duas últimas partidas do Brasileirão.
Muito pressionado, Ramon Menezes vive seu pior momento no clube. Há erros da direção, do próprio treinador e dos jogadores, uma queda busca do sistema defensivo e confiança abalada, tudo em um contexto que gera dúvidas sobre o futuro do trabalho, a começar pelo sábado (10), dia de clássico contra o Flamengo, em São Januário.
Antes de levar 4 a 1 do Atlético-MG, o Cruz-Maltino empolgava e tinha a terceira melhor defesa do campeonato, com apenas 11 gols sofridos. Após os resultados das partidas de Belo Horizonte e de Salvador, o número subiu para 18 (a 14ª melhor), com a equipe passando a ter saldo negativo de um e caiu para o décimo lugar. Com cada erro digno de formar um coleção, o treinador também não conseguiu aprimorar o que era bom e/ou encontrar novas soluções.
"Se você pegar rodadas atrás, era muito difícil da gente tomar gol. Então, não é normal você tomar sete gols em dois jogos. A gente passa por um momento difícil e eu, no meu trabalho, (entendo que) perde todo mundo. Ganha, ganha todo mundo. Eu acho que quando nós estamos tomando gol, nós estamos sem reação. E aí você passa isso até para o adversário", afirmou Ramon.
Na derrota de ontem (7), foi muito fácil marcar o time carioca, que estava desfalcado de Andrey, Juninho e Benítez. Bruno Gomes e Fellipe Bastos, os outros homens do meio, nada construíram ofensivamente. Assim como é urgente a busca por novos reforços, afinal, o elenco formado pela gestão do presidente Alexandre Campello, muito criticado pelos torcedores, tem limitações e carências e as constatações feitas não surtiram efeito.