As celebrações começaram logo ao amanhecer, com uma alvorada festiva e o tradicional ofício religioso em honra a Nossa Senhora. Em seguida, houve o hasteamento das bandeiras, simbolizando a união entre a fé e a identidade cultural do município. Um dos momentos mais marcantes foi a inauguração de um monumento em homenagem aos 450 anos da missa, destacando a importância histórica do evento. Durante a cerimônia, também ocorreu o descerramento da placa comemorativa, com a presença de autoridades civis e religiosas. A programação contou ainda com cortejos litúrgicos e momentos de oração, reunindo fiéis de diversas regiões. No espaço cultural, uma feira gastronômica e apresentações artísticas enalteceram a riqueza das tradições sergipanas.
Missa Campal e presença de autoridades religiosas
O ponto alto da comemoração foi a Missa Campal, presidida pelo Cardeal Sérgio da Rocha, Arcebispo de São Salvador da Bahia e Primaz do Brasil. O evento reuniu um grande número de fiéis e contou com a participação de importantes autoridades eclesiásticas, como:
O arcebispo da Arquidiocese de Aracaju, Dom Josafá Menezes ressaltou o significado da celebração. “Comemorar a primeira missa em Sergipe é reafirmar a presença da Igreja na construção da identidade do nosso povo. Este momento representa fé, memória e compromisso com a cultura local”, declarou.
Fiéis de diversas cidades acompanharam a celebração com devoção. Maria do Carmo, 59 anos, emocionou-se com a grandiosidade do evento. “Foi tudo muito bonito, um marco tão importante precisava ser celebrado com essa grandeza”, afirmou.
Origem histórica da primeira missa em Sergipe
Os registros históricos indicam que a primeira missa no estado foi celebrada em 1575 pelos padres jesuítas Gaspar Lourenço e João Salônio, da Companhia de Jesus, com a presença de colonos, soldados e indígenas tupinambás que habitavam a região.
Durante essa primeira missa, erigiu-se uma grande cruz de madeira diante de uma pequena capela dedicada a São Tomé, simbolizando o início da presença efetiva da Igreja Católica em solo sergipano . A celebração é considerada um marco histórico e religioso, pois representou não apenas a chegada do cristianismo, mas também o início de um processo de colonização e ocupação portuguesa na região.
Com o passar dos anos, a antiga povoação se desenvolveu e passou a ser conhecida como Vila Real de Santa Luzia, sendo posteriormente elevada à categoria de cidade. Hoje, Santa Luzia do Itanhi mantém viva essa herança histórica e cultural, celebrando periodicamente a data em que Sergipe recebeu a sua primeira missa, relembrando a fé, a tradição e a importância do encontro entre portugueses e povos originários na formação da identidade sergipana.
Santa Luzia do Itanhi: um legado de fé e tradição
Considerado o núcleo de povoação mais antigo de Sergipe, Santa Luzia do Itanhi guarda um legado religioso e cultural inestimável. A celebração dos 450 anos da primeira missa reafirma a relevância histórica do município, reforçando sua identidade como um dos principais berços da fé católica na região.
A festividade não apenas recordou o passado, mas também fortaleceu a conexão da comunidade com sua história, mostrando que a tradição permanece viva, inspirando gerações futuras.
Da redação, Layla Kamila (DRT – 2916/SE) Assessoria de Comunicação (ASCOM), com informações históricas do Regional Nordesde 3.Fotografia capa: Governo do Estado de Sergipe.Baixe o aplicativo em seu celular da Arquidiocese de Aracaju, que está disponível para o sistema Android e IOS (Apple), e mantenha-se atualizado com as informações da nossa Arquidiocese.
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Fonte: Arquidiocese de Aracaju