O governador Fábio Mitidieri recebeu a equipe da South Atlantic Potash nesta quarta-feira, 16, que apresentou ao chefe do Executivo estadual um projeto de exploração de potássio em áreas do pré-sal em Sergipe, que pode dar ao país a autossuficiência na produção de cloreto de potássio, insumo utilizado na produção de fertilizantes que atualmente é importado de países como Rússia e Ucrânia.
Ao receber os executivos, o governador informou que investimentos para o estado que contemplem geração de emprego e renda são pautas constantemente defendidas pelo atual governo e, por isso, a proposta dos empresários está alinhada ao projeto defendido pela gestão estadual. “Ficamos muito felizes em saber do interesse dos investidores por Sergipe e podem ter certeza que o papel do Estado para viabilizar qualquer desenvolvimento para o nosso estado nós buscaremos fazer com muito apreço e compromisso”, declarou o gestor, após ouvir as propostas dos executivos.
O presidente da Agência Sergipe de Desenvolvimento (Desenvolve-SE), Milton Andrade, destacou que o governo do Estado e a South Atlantic Potash já assinaram um protocolo de intenções de investimentos em Sergipe. “Com base no que ouvimos hoje, acreditamos que o projeto possa levar o país à autossuficiência em potássio”, declarou.
A apresentação foi conduzida por Luís Albano, um dos diretores da empresa, que detalhou a ideia de transformar Sergipe em um grande fornecedor para o país de recursos para a produção de fertilizantes, o que desenvolverá de forma expressiva a economia nacional, uma vez que o Brasil é um dos maiores produtores e exportadores agropecuários do mundo.
Segundo estudo da South Atlantic Potash, Sergipe tem um grande depósito de potássio offshore próximo à costa do estado, que tem uma capacidade estimada de mais de 3 bilhões de toneladas de cloreto de potássio (KCl), com uma produção anual prevista de 2 milhões de toneladas por ano.
A empresa mostrou a Mitidieri que o estudo das áreas-alvo na costa de Sergipe se iniciou em 2010 e foram utilizadas tecnologias padrão do mercado para identificar os teores de KCl. Se a exploração for implementada em Sergipe, o método será inovador, já que ele nunca foi feito offshore. “Uma das preocupações que tivemos com o projeto é caminharmos junto com o Estado. O fertilizante pode abrir portas para outras empresas se instalarem aqui, ou seja, pode atrair um polo minero-químico para Sergipe, porque essas empresas não têm mina mais”, prospectou Luís Albano.