O Sindicato dos Policiais Civis de Sergipe (Sinpol/SE) se reuniu no final da manhã desta quarta-feira, 2, com o delegado-geral da Polícia Civil, Thiago Leonardo Barbosa de Oliveira, para exigir um posicionamento sobre a atuação ilícita de policiais militares em relação a quatro oficiais investigadores de polícia. A reunião, que ocorreu após a Assembleia Geral Extraordinária, foi realizada na Superintendência Geral da Polícia Civil e contou com o apoio da categoria, que deliberou a sua realização ainda na assembleia.
Segundo o sindicato, quatro oficiais investigadores de polícia estavam jantando em uma pizzaria no interior do estado quando foram abordados por 12 policiais militares e conduzidos para a Corregedoria. “Os oficiais tiveram ainda suas armas apreendidas. Ninguém soube explicar porque. Foi tudo muito estranho e não podemos deixar que isso aconteça com a nossa categoria”.
O Sinpol explica que a atuação dos PMs ocorreu de forma arbitrária porque os oficiais não estavam em flagrante e não havia mandado prisão. “Desde terça-feira, ninguém pode ser detido ou preso, a não ser que esteja em situação de flagrante delito, conforme é previsto pela legislação eleitoral. Teoricamente, os oficiais não estariam em flagrante de qualquer crime, muito menos havia mandados expedidos. Mas após a prisão, os PMs entraram em contato com o delegado-geral, Tiago Leandro, que determinou que essa equipe da Polícia Militar efetuasse a condução deles até a corregedoria para averiguar a situação, mas não havia o que verificar”, afirmou.
O sindicato disse ainda que não existe nada que concretize a afirmação de que os oficiais investigadores estariam cometendo algum delito e, por isso, ao chegar à Corregedoria e os fatos serem esclarecidos, os oficiais foram liberados junto com seu armamento. No entanto, durante a reunião, o delegado-geral afirmou que foi instaurado um procedimento para averiguar o caso. Deliberações Durante a assembleia, ocorrida na manhã de hoje, a categoria também deliberou pela continuidade da Operação Puro Sangue, responsável pela fiscalização das delegacias regionais de Sergipe, a fim de apurar a presença ilegal de servidores desviados de outros órgãos públicos ou pessoas que sequer são servidores públicos exercendo ilegalmente a função de oficial da Polícia Civil.