O prédio do inesquecível Memorial da Estância, atualmente fechado e em estado deplorável de abandono, é mais um imóvel pertencente ao Governo do Estado que está necessitando de recuperação reabertura, afinal, Estância é “berço da cultura” ou não é? Ou é só do barco de fogo?
Essa espécie de museu de cultura, foi criado na cidade de Estância em maio de 1999, pela Secretaria de Estado da Cultura, para ser uma unidade regional, com o intuito de preencher uma lacuna há muito tempo sonhada pelos estancianos. O Memorial atendia aos estudantes e pesquisadores da região e adjacências.
Hoje o Memorial, há mais de treze anos, está sem funcionar, seu prédio, uma casa de bela arquitetura e que guarda uma lembrança das famílias Fontes e Nabuco, localizada na Rua Gumersindo Bessa, no centro da cidade, encontra-se largada às ruínas, dando falatório para quem vai e quem vem pelas suas proximidades.
É um prédio público, pertencente ao Governo do Estado, largado à própria sorte, sem dar e sem ter um destino plausível para as populações sulista e estanciana.
HISTÓRICO
Através da Lei 3.631 de 5 de julho de 1995, nos artigos 35 e 36, que dispôs sobre a organização básica da Secretaria de Estado da Cultura, tendo como sede da Região Sul da cidade de Estância, foi implantado o Memorial da Estância, que anteriormente receberia o nome de Civilização e mudado por resolução do colegiado e abrangendo mais nove cidades conforme denominadas em continuação: Arauá, Cristinápolis, Itabaianinha, Itaporanga D’ Ajuda, Pedrinhas, Santa Luzia do Itanhy, Tomar do Geru, Umbaúba e Indiaroba.
Contando com a interveniência das prefeituras dos dez municípios envolvidos no projeto, retratando o estado de progresso e cultural social de um povo, desenvolvendo sua identidade regional, procurando valorizar o conjunto de trabalhos literários, artísticos, plásticos, cênicos, musicais, pelos tradicionais familiares, ressaltando a expansão do urbanismo, do comércio e da indústria, não esquecendo que essa região sofreu influência do velho continente, refletora na variedade de sua arquitetura, alternando épocas e estilos.
O Memorial da Estância foi oficialmente inaugurado no dia 4 de maio de 1999, data em que se comemora a emancipação da Estância quando esta foi elevada à categoria de cidade. Contou com a presença de autoridades constituídas, civis, militares, representantes das diversas atividades culturais, educacionais, religiosas, representantes da sociedade local, assim como os prefeitos e representantes dos demais municípios envolvidos no projeto.
Na ocasião foi lançado o livro “Pétalas ao Vento” da escritora local professora Francisquinha Assunção (já falecida).
O Memorial da Estância teve como diretora, a professora Maria Selma Barreto Noronha, que a seu pedido, ele foi restaurado na gestão do secretário estadual de Cultura, José Carlos Teixeira, quando João Alves Filho era governador do Estado.
Por Magno de Jesus
Redação A Tribuna Cultural
Lamdntavel! E entre outros monumentos que fiseram e fazem parte da nossa história aos poucos descendo a ladeira. Muito triste como tratam nossa Esrancia.