O que era para ser um bom e acolhedor espaço para as manifestações culturais de Estância, “Berço da Cultura” de Sergipe, se transformou num grande elefante branco depredado pelos vândalos e abandonado pela prefeitura da cidade, desde agosto de 2018.
Prestes a completar seis anos de abandono e entregue às ruínas, a Casa da Cultura Desembargador Manoel Pascoal Nabuco D’Ávila, localizada na rua Boa Viagem, centro nobre da de Estância, foi construída com repasses federais do então deputado federal, Marcelo Déda (PT), à época o prefeito que estava no poder, era José Nelson. Este patrimônio público está praticamente há seis anos no total descaso.
Sem fazer nada pelo prédio público e por ouvir diversas denúncias na imprensa local e do Estado contra a situação de ruínas da Casa da Cultura, a prefeitura e a Defesa Civil, resolveram em novembro de 2018, fazer o isolamento dela com placas de alumínio e peças de madeira.
Nas administrações anteriores dos prefeitos Ivan Leite e Carlos Magno, este prédio teve vida. Ivan Leite e Carlos Magno preservaram e a atual gestão deixar o prédio ficar nessa situação. A Secretaria Municipal de Cultura, no governo de Ivan Leite, realizou diversos eventos culturais na Casa da Cultura, inclusive o afamado “Café Cultural”, que envolvia poetas, escritores, compositores, jornalista, radialistas, músicos, artistas e agentes culturais do município às sextas-feiras ao cair da tarde.
No mandato do prefeito Carlos Magno, a Casa da Cultura serviu para o funcionamento da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer. Foi uma ideia empregada, para que o imóvel não ficasse em desprezo.
Mas, por volta de 2017, quando o prefeito Gilson Andrade assumiu a prefeitura (primeiro mandato), a Casa da Cultura deixou de exercer sua função, quando foi ‘largada de mão’ pelo gestor. Logo o local serviu para o alojamento de moradores de rua, usuário de drogas e para o esconderijo de delinquentes.
Atualmente a Casa da Cultura, lamentavelmente, ainda continua na mesma situação, contudo os vândalos permanecem frequentando suas ruínas, que também servem para abrigo de gatos, ratos, lixos e matos e animais peçonhentos.
O prefeito atual, Gilson Andrade, já está no seu segundo mandato, e a Casa da Cultura, que foi fechada na sua primeira gestão, hoje continua da mesma forma.
Ano passado, houve rumores, que a prefeitura estaria cedendo o prédio da Casa da Cultura, para o SENAC se instalar e fornecer cursos profissionalizantes para a comunidade estanciana, porém, até o presente momento nada ainda aconteceu. Enquanto isso, esse imóvel público continua maculando a cidade e colocando em risco a vida de muitos que transitam pelas suas imediações.
A Redação da Tribuna Cultural, está aberta e à disposição da assessoria de comunicação da prefeitura, para qualquer esclarecimento sobre a situação de abandono da Casa da Cultura.
RESPOSTA DA SECOM
De acordo Genilson Máximo, secretário adjunto de Comunicação, disse que o Município legitimou a propriedade do imóvel através de Usucapião e, legitimamente, cedeu o referido imóvel para o SENAC. "Os técnicos da referida entidade, na semana antes do carnaval, estiveram aqui na cidade fazendo um estudo prévio para as futuras adequações, projeto de adequações de responsabilidade do SENAC", informou.