“Ao longo destes 49 anos o Simpósio foi e continua sendo o celeiro da produção e atualização do pensamento não só do folclore como dos estudos culturais, a partir das culturas populares”. A declaração é do presidente da Comissão Organizadora, Fernando Aguiar, durante a solenidade de abertura da 49ª edição do Simpósio do Encontro Cultural de Laranjeiras realizada na manhã desta quinta-feira, 04, no auditório da Universidade Federal de Sergipe (UFS)- Campus Laranjeiras.
Até o dia 06 de janeiro, o município se torna palco de uma fascinante celebração da cultura popular. Com o tema ‘Narrativas orais e imagéticas das culturas populares: registros e responsabilidade social’, a iniciativa busca promover discussões sobre práticas culturais e experiências vivenciadas. O Simpósio do Encontro Cultural de Laranjeiras é promovido pelo Governo de Sergipe, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap), sob coordenação geral do Conselho Estadual de Cultura (CEC), em parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS), o Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe (IHGSE), e apoio da Prefeitura de Laranjeiras.
Mesas de debates, conferências, exibição de documentários, grupos de trabalho, rodas de conversa e encontros com mestres dos saberes fazem parte da programação proporcionando ao público a oportunidade de estar em contato com fazedores de cultura e conhecer de perto as diversas expressões artísticas de Sergipe.
Em seu pronunciamento, o prefeito da cidade, José Araújo Leite Neto (Juca de Bala), destacou a responsabilidade do Simpósio. “Tenho a felicidade de participar à frente deste evento por oito edições e isso é motivo de muito orgulho, satisfação e mais ainda de responsabilidade. Laranjeiras respira cultura e história por conta das raízes do nosso povo e a permanência do Encontro Cultural por tantos anos representa a sua grandiosidade em vários aspectos”, disse.
Portal da cultural sergipana. Assim a presidente da Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe (Funcap), Antônia Amorosa, definiu o evento e em seu discurso reforçou: “Trata-se de um Simpósio que envolve a identidade, fortalecimento e a preservação da cultura. É uma satisfação participar deste momento sendo mais uma oportunidade de reflexão, pois não adianta só levar para rua o que é da rua é preciso entender o movimento, estudar, ser vigilante e, principalmente, sermos atalaias. O Simpósio é um encontro de atalaias da cultura sergipana”.
Também presente na solenidade, o presidente do Conselho Estadual de Cultura, Igor Albuquerque, citou o papel da entidade na efetivação do Simpósio. “O Conselho possui a responsabilidade histórica de tratar da coordenação do Simpósio, por meio de uma comissão multidisciplinar e institucional na ideia de desenvolver um evento cada vez mais grandioso tanto na parte cultural e de pesquisa. Perto de celebrar seus 50 anos é gratificante acompanhar a transformação da cidade que possui uma imensa representatividade a respeito da cultura popular e suas diversas manifestações”, afirmou.
Homenagens
Anualmente, uma personalidade que desempenha um papel fundamental na preservação e promoção da cultura e história de Sergipe é homenageada. Nesta edição, o pesquisador Jackson da Silva Lima (dedicado aos estudos da literatura sergipana e conto popular) e o Mestre Seu Raminho são as personalidades de destaque.
Após a cerimônia de abertura, uma mesa coordenada pela professora Aglaé D’Ávila Fontes com a participação de Beatriz Góis Dantas debateu o seguinte tema: ‘O pesquisador dedicado aos estudos da Literatura Sergipana e do Conto Popular” direcionada ao homenageado Jackson da Silva Lima.
O responsável por conduzir o Grupo Mamulengo de Cheiroso, José Augusto Barreto Dória, também foi homenageado na ocasião ao receber uma placa com o título de ‘Cidadão Laranjeirense”.
Histórico
Criado em 1975 pelo Conselho Estadual de Cultura (CEC), o Simpósio do Encontro Cultural de Laranjeiras é realizado, sem interrupções, baseando-se na linha de pesquisa e da difusão do folclore. Assim como protegendo os grupos, valorizando os brincantes e procurando o melhor modo de garantir a sobrevivência dos traços de cultura local.
Por Shis Vitória
Foto Assessoria de Comunicação