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Sergipe

ANDORINHAS QUE RAREAM E PREQUIÇAS QUE DESAPARECEM

Publicada em 27/12/23 às 13:47h - 80 visualizações

Atribuna Cultural/Divulgação


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ANDORINHAS QUE RAREAM E PREQUIÇAS QUE DESAPARECEM
Sobrado colonial no fundo da Catedral Diocesana  (Foto: Atribuna Cultural/Divulgação)
As andorinhas voltaram e eu também voltei! Lembrei de como era bonito ver as andorinhas naquelas revoadas parecendo milhares nos céus da cidade. Parecia um balé acima da Catedral e daí pousavam nos pés de oitis em meio aos bichos preguiças e a um ou outro moleque que brincava naquelas árvores. 

Ainda na praça em frente à Catedral o Abrigo era um marco, lugar de encontro para quem queria num final de tarde contemplar a paisagem estanciana. As andorinhas se misturavam ao ar daqueles fins de tarde, e hoje, ao ver uma ou outra por ali ou acolá, com as devidas ausências do Abrigo, dos bichos preguiças, ou dos casarões coloniais azulejados o que nos resta é a nostalgia. 

Na andança de final de tarde, empatada por esses alambrados eternos me deparei com um prédio novíssimo na mesma calçada do Paço Municipal. A fachada até que é bonita. Parabéns ao arquiteto que a projetou, mas ao mesmo tempo pergunto: O senhor nobre detentor desta arte, conheceu a arquitetura estanciana? Vou lhe contar: O nosso estilo é o Colonial Português e ainda o Art Déco.
Só para dizer e talvez dar uma ideia às autoridades ou a quem está descaracterizando a cidade. 

Há muito tempo as marcas da cidade vem sendo retiradas. As praças, prédios públicos novos, edificações recentes, em nada lembram ou remetem ao nosso estilo, tudo está indo embora, somente aqui ou ali que vemos algo remanescente esperando o dia de ser demolido. 

Os espaços públicos poderiam dar o exemplo e assim inspirar esses jovens que projetam esses prédios novos da cidade. É claro que todos são livres para fazer o quem bem quiser com suas casas, fachadas, mas lembro de que em algumas cidades desse nosso mundão, mexer em determinados pontos é algo extremamente rigoroso. 

Outro dia numa crônica dessas aqui sugeri que fosse criado um órgão municipal que tomasse conta do que resta do patrimônio estanciano. Ainda podemos salvar muita coisa! Uma Andorinha só não faz verão! Elas rarearam assim como as marcas da cidade. 

Achei um absurdo anos atrás autoridades que se diziam amantes da arte, cultura, deixarem um banco derrubar casas antigas bem ali no centro para dar lugar a sua moderna fachada. Ora, quem era o prefeito, secretário de cultura, patrimônio, obras, ou sei lá o quê que não interferiu? 

Esse é só um exemplo. Aí chegando por aqui fico sabendo, não sei até que ponto isso é verdade, que aquela linda casa na esquina do outro lado do Paço Municipal que se mistura ao entorno da nossa agredida praça central será demolida para dar lugar a uma farmácia! Será? 

Acredito que as andorinhas foram embora porque não mais reconhecem esse lugar! As preguiças da praça se acabaram por conta da falta de cuidado, assim como os casarões. 

O certo é que de pouco em pouco ninguém mais reconhecerá a Estância que outrora nos orgulhávamos com sua imponente arquitetura! Talvez um dia façamos andorinhas voltarem e bichos-preguiça reaparecerem. 

Estância- SE, TERRA DO BARCO DE FOGO, manhã de terça-feira, depois do Natal de 2023. 


Por Torquato paz  



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