Os habitantes do Conjunto Residencial Santo Antônio vivem em cruciais problemas. São questões sociais que trazem transtornos e que exigem grande esforço, mais dedicação, prioridade, amor e determinação para serem solucionadas.
Comemorar alguma coisa é sempre bom e bem vinda. Mas é preciso trazer à lembrança, algo que seja bom para todos. Os olhares da classe política estanciana têm-se voltado para o populoso bairro Cidade Nova, localizado na cidade de Estância, pelo fato também desse possuir o maior eleitorado do município. “A Cidade Nova é quem decide a eleição de Estância”, frase cantada em verso e prosa.
O comércio da Cidade Nova tem aumentado a cada dia o seu volume. Está muito pujante! O número de lojas vem crescendo na localidade e consequentemente gerando empregos, rendas e contribuindo muito para o desenvolvimento econômico de Estância.
O bairro Cidade Nova foi criado pelo prefeito Valter Cardozo Costa, há 46 anos, e que na ocasião, não teve limites para pessoas vindas de todo estado e parte do Brasil se instalarem nele. Talvez, foi a partir dessa intenção do administrador, que a Cidade Nova, é o que é hoje: um bairro progressista.
A Cidade Nova teve sorte e foi privilegiada com o Instituto Federal de Sergipe (IFS), que foi instalado nesse bairro, na administração do prefeito Ivan Leite, que cedeu todas as condições para essa unidade de ensino federal pudesse vir para Estância, precisamente no Governo Federal de Lula. E a implantação desse estabelecimento de ensino, valorizou imensamente essa comunidade populosa.
As construções feitas pela prefeitura nesse bairro, também deram um avanço significativo, como a construção da Cozinha Comunitária, oriunda da administração de Ivan Leite e que foi inaugurada na atual gestão; implantou o CRAS; a construção do Mercado Municipal; inaugurou a Praça do Chumbinho; calçou a “Baixada”; restaurou; fez calçamento de algumas ruas e executou outras atividades como restauração do Auditório Judite Melo. Tudo isso favoreceu e melhorou a vida e a parte central do bairro Cidade Nova. É preciso se fazer mais, como a reabertura do núcleo da Guarda Municipal, localizada na Avenida Jornalista Augusto Gomes, que lamentavelmente encontra-se fechada. E a periferia da Cidade Nova, fica esquecida?
Mas, o “nervo periférico” do bairro Cidade Novo, necessita muito de amparo, atenção, cuidado, compromisso e fidelidade por parte da administração direta da prefeitura de Estância.
O Conjunto Habitacional Santo Antônio, inaugurado há mais de 24 anos, conhecido no popular por “Pombal”, por exemplo, se constitui em um sério desafio para a municipalidade. Se a prefeitura já fez pouca coisa por lá, que faça muito mais. As suas ruas e também as suas moradias, devem e precisam melhorar.
São ruas esburacadas, esgotos correndo a céu aberto, lamas e podridão de água suja pelas vias. À noite, iluminação precária faz do pequeno e pobre lugarejo um espaço desprovido de segurança pública, deixando as suas famílias presas nas suas próprias casas.
Os habitantes do “Santo Antônio” vivem em cruciais problemas. São questões sociais que trazem transtornos e que exigem grande esforço e determinação para serem solucionadas.
O Conjunto Santo Antônio é parte significativa da Cidade Nova, porém, precisa de atrativo que chame a atenção, desperte interesse, inspire simpatia, confiança etc. A gestão do prefeito Gilson Andrade pode ter trabalhado em todos os segmentos do bairro, menos o do Conjunto Santo Antônio. Isso é fato!
É vergonhoso para um município que se destaca no cenário econômico estadual, com o quarto maior PIB (Produto Interno Bruto) da agropecuária, o terceiro da indústria e o quinto do setor de serviços, continuar vendo e sem fazer absolutamente nada contra o caos instalado no Conjunto Habitacional Santo Antônio, no qual residem milhares de pobres e necessitados e a prefeitura realizando poucas ações, ou quase nada.
Portanto, de 1998 para cá, o Conjunto Habitacional Santo Antônio não avançou em nada. As casas continuam as mesmas, os moradores no mesmo lugar e suas ruas sem saneamento básico.
Sabemos que a perfeição no ser humano não existe, mas já era hora e tempo de fazer alguma coisa pelo Conjunto e pelos seus moradores.
Vale a pena comemorar 46 anos pela “metade” ou faltando algo?
Por Magno de Jesus