escolas e melhoria nas rodovias – vêm do governo Belivaldo Chagas (PSD), que só começou a executar alguma coisa no último ano de administração, por contenção de gastos e a pandemia de covid-19.
Até meados do ano aliados reclamam da morosidade do governo na nomeação de parentes e aliados para cargos vagos no estado. O que antes chamavam de “cautela excessiva” do governador agora virou farra. Diariamente o Diário Oficial publica a nomeação de dezenas de pessoas para CCs e a direção de alguns órgãos que estavam acéfalos.
Na terça-feira (24), o governador lançará o edital de licitação para a contratação da empresa para a construção da ponte ligando a avenida Tancredo Neves ao bairro Coroa do Meio, em Aracaju, o que pode ser chamada de primeira ação concreta de sua administração. Como o projeto vem de governos anteriores, conseguiu queimar etapas. Dinheiro em caixa? Nada, empréstimo de R$ 300 milhões junto ao Banco do Brasil, conforme contrato assinado no último dia 18 de julho. O governador promete ainda construir uma nova ponte Aracaju-Barra dos Coqueiros.A administração é totalmente dependente do governo federal, a ponto de a construção da ponte Neópolis-Penedo (AL), cujo edital de licitação deve ser assinado no próximo dia três de outubro pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, ser tratada como conquista do governo de Sergipe.
Na campanha, Mitidieri centralizou suas propostas em cinco desafios: erradicar a pobreza extrema e a fome em Sergipe; acelerar o Desenvolvimento Econômico de Sergipe e gerar emprego e renda para as pessoas; assegurar o avanço das Políticas Públicas e a garantia dos direitos fundamentais; assegurar o protagonismo e envolvimento das pessoas; e, assegurar a eficácia, eficiência e efetividade da gestão estadual e a valorização dos servidores.Mitidieri começou a administração elevando para 19% – mais 1% para o programa de combate à fome – o ICMS cobrado dos produtos e serviços ofertados à população. O governo não vem pagando grandes fornecedores e alguns prestadores de serviços já fazem ameaças.
Em junho, enquanto comandava a abertura de forrós, a Assembleia Legislativa aprovou projeto de sua autoria que elevava em 50% a contribuição para o Ipesaúde dos seus 116 mil assistidos, a maioria servidores públicos estaduais e seus dependentes.
O governador concedeu um reajuste de 2,5% para a maioria dos servidores estaduais. Os que são conveniados com o Ipesaúde ficaram apenas com 0,5% do aumento já que a contribuição de saúde passou de 4% para 6% do salário do servidor.De concreto mesmo, a realização de novos estudos para analisar a possibilidade da adoção de uma Parceria Público Privado (PPP) para administrar parte da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso). Não há ainda uma definição, mas o governo simpatiza com o modelo adotado pelo estado de Alagoas em relação a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal).
A Casal é gerida através de uma PPP desde setembro de 2020. Pelo modelo alagoano, mesmo após a concessão dos serviços na Região Metropolitana de Maceió (RMM), a Casal ficou responsável pela captação e tratamento da água, que é repassada para o parceiro privado distribuir aos clientes durante os 35 anos da concessão.A Deso detém a concessão de 71 das 75 sedes municipais. Apenas os municípios de Carmópolis, além das sedes de São Cristóvão, Capela e Estância não fazem parte da área operada pela empresa. A exploração dos serviços ocorre através de contratos de concessão, firmados com cada um dos municípios.
O próximo ano será voltado para as eleições municipais, período normalmente de poucas realizações concretas. O próprio governador estará envolvido no processo tentando eleger aliados para os principais municípios, já de olho na sua própria sucessão, em 2026, quando deve disputar a reeleição.Mitidieri dá sorte de ter Lula como presidente da República e uma bancada que se esforça na captação de recursos para o estado. Falta executar o prometido durante a campanha eleitoral. O programa “Sergipe é Aqui”, a sua “menina dos olhos”, é apenas oba-oba.
Fonte: Jornal do Dia