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FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM

Publicada em 06/04/23 às 10:56h - 56 visualizações

Atribuna Cultural/Fundada em 30 de março de 2001.


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FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM
 (Foto: Divulgação)
Por Jeronimo Peixoto

Na ocasião da Ceia, quando Jesus, Pão da Vida Plena, instituiu a Eucaristia, criou o novo sacerdócio que, diferentemente do antigo, não precisaria mais ficar preso ao Santos dos Santos, para a oferta de animais e de incensos ou de outros sacrifícios, mas deveria se construir num serviço a Deus, pela Eucaristia, Sacramento em que Cristo nos dá Seu Corpo e Seu Sangue, como Alimento de Salvação.

Talvez isso tenha impregnado tão fortemente a vida dos presbíteros (experientes), que muitos - na atualidade - se sentem DONOS do povo, ao invés de PASTORES que têm o dever de SERVIR.

A instituição do sacerdócio está subordinada à Eucaristia, e a Ela devem os presbíteros devotar-se de um modo expressivo, com as suas dimensões: Sacrifício, Ação de Graças, Comunhão, Perdão e Serviço de Amor.

"Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa". Com isso resta evidente que o sacerdócio não é uma honraria, um trampolim para o prestígio, a fama fácil e o poder, mas um SERVIÇO DE AMOR A DEUS, À COMUNIDADE DE FÉ E À SOCIEDADE.

A ideia, que subjaz à instituição do Sacerdócio, é a de que, pelo serviço a todos, mas especialmente aos pobres, o sacerdote se torna outro Cristo (alter Chistus). Essa ideia é assaz perigosa, porque a minoria a compreende como *outro Cristo* a postura do comando ditatorial. Pasmem! Os poucos que assim agem são os menos instruídos, os mais despreparados sob o ponto de vista da mística, do conhecimento teológico e da ação pastoral, está assaz ausente, aqueles que carecem recorrer ao argumento da autoridade para conseguir seus objetivos. Isso é pernicioso!

Mas, em maioria reconhecida, evidente e patente, estão os que, pelo serviço, põem-se numa atitude de evangelizadores, dispostos a dar a vida pelo Reino. E, graças a esse grande número de sacerdotes, a Eucaristia, mais do que instrumentalizada a adorações fabulosas e eivadas de outras intenções fantasiosas e fantasmagóricas, como a da *bolsa cheia* de Judas, é vivenciada no diapasão de uma vida humilde, pobre e posta a serviço. Há, testemunho, mística, ascese, meios pelos quais a santidade da igreja é constantemente alimentada.

Por Cristo, com Cristo e em Cristo, o sacerdócio é vivenciado, testemunhado por pessoas sujeitas às falhas, aos erros, às fraquezas humanas, mas plenamente cônscias de serem instrumentos de Amor, Serviço, Ternura e Compaixão.

Parabéns aos Sacerdotes, pelo seu dia!


Fonte: Página do Facebook do autor



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