Após um dos invernos mais frios e chuvosos dos últimos tempos, Sergipe agora se prepara para receber uma primavera com temperaturas mais elevadas, que trará de volta o calor e o céu aberto específico da estação. De acordo com o meteorologista Overland Amaral, apesar da primavera ser uma estação pouco chuvosa, haverá possibilidade de chuva, com não grande estiagem, podendo ocorrer trovoada. Com o passar dos dias, as temperaturas vão se elevando gradativamente e deverão atingir o máximo no mês de dezembro, oscilando entre 32°C a 34°C, podendo chegar acima de 36°C nas regiões do Alto Sertão. Como após a primavera vem a chegada do verão, que intensifica ainda mais o clima seco, os municípios interioranos propícios à estiagem prolongada já podem dar sinais de que o seu território entrará em situação de seca, necessitando da ajuda governamental para lidar com o período.
Após a virada de estação ocorrida na noite desta quinta-feira, 22, o JORNAL DA CIDADE contatou a Defesa Civil Estadual para questionar se há localidades indicando a mudança climática, afetando sua capacidade de reposição da água em seu solo. Segundo a Superintendência Estadual de Defesa Civil (Supdec), no momento, apenas cinco municípios sergipanos estão em situação de emergência: Porto da Folha, Tobias Barreto, Monte Alegre, Carira e Poço Redondo. No entanto, os decretos dessas cidades expiram agora no mês de outubro, já que datam desde abril e a validade é de 180 dias.
Critérios
Para decretar a emergência, os municípios devem cumprir critérios estabelecidos na portaria nº 260 do Ministério do Desenvolvimento Regional. “Para que um município decrete, é preciso que ele tenha indicação de, pelo menos, seca fraca no Monitor das Secas. Outra coisa que o município precisa comprovar é a existência de prejuízos econômicos decorrentes da seca, sejam eles públicos – como a necessidade de investimento em Operação Pipa –, ou privados – prejuízos agropecuários que tenham obrigatoriamente relação com a seca.
Então os municípios nos enviam toda a documentação comprobatória e a gente avalia. Caso eles preencham os critérios, o Governo do Estado homologa a situação de emergência e encaminha para reconhecimento da Secretaria Nacional de Defesa Civil. Somente com esse reconhecimento nacional é que os municípios ficam aptos a receber importante ajuda humanitária, que é a Operação Pipa do Exército”, explica o superintendente da Defesa Civil Estadual, cel. Luciano Queiroz.
O coronel também destaca que, até o final de agosto, o Monitor das Secas indicou que apenas Tobias Barreto e Poço Verde estavam com seca fraca. “Portanto, somente esses dois municípios, hoje, poderiam redecretar, caso preenchessem os demais critérios. A avaliação que fazemos é que tivemos um inverno satisfatório e também atípico, porque via de regra os municípios buscam redecretar no mês de agosto e, até agora, não houve nenhum encaminhamento nesse sentido”, esclarece.
Previsão fim de semana
O fim de semana em todo o Estado será de céu aberto, com temperaturas mais elevadas. A sexta-feira iniciou com tempo firme e sensação térmica mais elevada, e deve manter o mesmo clima até a próxima segunda-feira, 26. No sábado, 24, a madrugada será nublada, com o dia e noite apenas parcialmente nublado, podendo ocorrer chuvas rápidas e isoladas, mas em baixo volume. Os termômetros registram mínimas de 22,1°C e máximas de 28,7°C no litoral e entre 19,7°C e 30,5°C no interior.
Já o domingo, 25, contará com chuvas leves durante a madrugada no Território do Agreste Central e tempo nublado nos outros sete. Ao amanhecer, há possibilidade de precipitações leves nos Territórios Centro-Sul e Sul Sergipanos e tempo parcialmente nublado nos demais. A tarde será de céu aberto, com a noite parcialmente nublada, em todo o Estado. As temperaturas mínimas serão de 23,8°C no litoral e 19°C no interior, já as máximas ficam em torno de 28,6°C, e 28,9°C.
Na segunda-feira, 26, o tempo será parcialmente nublado pela manhã, tarde e noite em todos os territórios sergipanos. As temperaturas variam de 23,3°C a 28,4°C no litoral e entre 18,8°C e 29°C no interior.
|Por Thaís Félix
*Com supervisão de Nayana Araujo
JC