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Sergipe

ARTIGO: INSTITUTO LUCIANO BARRETO JÚNIOR: UM PROJETO DE AMOR - POR IGOR SALMERON

Publicada em 04/08/22 às 09:15h - 286 visualizações

Atribuna Cultural/Fundada em 30 de março de 2001.


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 (Foto: Divulgação)

Luciano Franco Barreto Júnior, eis o nome que está por trás da maior obra de filantropia recente em Sergipe e no Brasil. Jovem de espírito sagaz, falecido num acidente em 2002, deixou semente de amor à educação inclusiva que já completa 18 anos transformando vidas. Comunicativo e agradável, Júnior deixou registrado que buscava implantar um projeto que materializasse os sonhos dos mais necessitados. Dizia-se que estava sempre sorridente e possuía espírito inovador, prova disso é a concretização da sua derradeira pretensão feita pela Construtora Celi. 

O formidável projeto ‘Conectando com a vida’ é um marco basilar do Instituto, responsável pela preparação de inúmeros jovens para o mercado de trabalho e exercício da cidadania. O Instituto se tornou paradigma no quesito socioeducativo, pois resgata diversos jovens em situação de vulnerabilidade social. Luciano Barreto e Maria Celi, seus amáveis pais, ao invés de se lamentarem pela perda precoce do filho, converteram a dor em mudança diária de histórias que poderiam ter finais trágicos. 

Para termos uma ideia desse alcance filantrópico, já passaram pelo ILBJ mais de 15 mil jovens, todos de origem pobre, e que sentiram na prática o poder da instrução. A mudança que desejamos ver na sociedade possui no Instituto um dos mais beneméritos exemplos: por meio de capacidade e dedicação que eram atributos de Júnior, toda a equipe da referida entidade vem empreendendo um devotamento jamais visto em tempos recentes no que se refere à ambiência educacional. A resignação dos seus pais, Luciano e Maria Celi, é prova viva de que o afeto, o carinho e o cuidado realmente são edificantes e fazem do mundo um lugar melhor de se conviver. 

Vale destacar a exemplar administração feita pelas irmãs de Júnior, Ana Cecília e Alda Cecília, que herdaram dele o zelo pelo fortalecimento coletivo, em prol da inclusão social que era o que mais prezava. O saudoso e também respeitado homem de negócios, Paulo Figueiredo Barreto, está em regozijo por ter notado que o sonho do neto foi concretizado com tanto esmero por Luciano Barreto, que cauteriza a ausência de Júnior agregando jovens que antes se viam perdidos na exclusão e falta de oportunidades. Mesmo em meio à pandemia, Luciano e Maria Celi jamais esmoreceram: as inscrições para o ‘Conectando com a Vida 2021’, por exemplo, aconteceram de maneira on-line sem maiores agravos. 

A adaptação e modernização acompanharam esse tempo atípico, tudo isso para garantir que nada causasse empecilho no acompanhamento de todos os jovens que fazem parte do Instituto. Uma das coisas mais admiráveis nessa história de incondicional ajuda ao próximo é a tônica voltada ao desenvolvimento humano. Júnior que costumava representar o pai tão bem em solenidades organizadas pela Celi ou em premiações, agora se vê grato por ver tanto seu pai quanto sua mãe, o representando de forma tão admirável como ele mesmo havia vislumbrado. A proposta solidária do ILBJ faz jus à briosa memória de Luciano Franco Barreto Júnior, homem que não partiu, pois permanece vivo no coração de cada familiar e sergipano que enxerga na sua trajetória exemplar, conduta que perdurará por sucedâneas gerações. 

Portanto, tudo que é feito com amor jamais dá errado. Quem transforma sonhos em projetos de vida, perdas em realizações coletivas merece toda exaltação. Luciano e Maria Celi são referenciais, e fazem um trabalho modelar que é o de permitir a juventude sergipana e brasileira sonharem, pois mais do que isso, eles concretizam. 

Júnior continua sorridente lá do céu! 

Igor Salmeron é Sociólogo, Doutorando em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFS




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