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Sergipe

DIA DO ROCK: BANDAS SERGIPANAS AINDA ENFRENTAM A DESVALORIZAÇÃO

Falta de público e incentivo são queixas frequentes entre artistas do gênero

Publicada em 13/07/22 às 17:13h - 127 visualizações

Atribuna Cultural/Fundada em 30 de março de 2001.


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DIA DO ROCK: BANDAS SERGIPANAS AINDA ENFRENTAM A DESVALORIZAÇÃO
 (Foto: Divulgação)

No dia 13 de julho, é comemorado no Brasil o Dia do Rock. A data foi escolhida em homenagem ao Live Aid, concerto que aconteceu simultaneamente na Inglaterra e nos Estados Unidos nesse mesmo dia em 1985.

O evento foi transmitido em mais de 100 países e reuniu artistas consagrados como Paul McCartney, Queen, Madonna, U2, Bob Dylan, Elton John, além de outros grandes nomes do rock e do pop mundiais. 

O rock'n'roll surgiu por volta da década de 1950, a partir de influências de outros gêneros, como blues, soul e country. Desde então, passou por várias modificações, reunindo movimentos ao redor do mundo todo.

No Brasil, os anos 1980 foram marcados pelo surgimento de grandes nomes da cena musical do rock nacional, representada por bandas como Legião Urbana, Titãs, Capital Inicial, Barão Vermelho e muitas outras.

Em Sergipe, isso não é diferente. Atualmente, o estado conta com um forte cenário da música independente dedicada ao gênero. 

De São Cristóvão para o mundo
Um dos nomes mais conhecidos é a banda The Baggios, criada em 2004 em São Cristóvão, município da Grande Aracaju. O grupo já foi indicado duas vezes ao Grammy Latino na categoria “Melhor álbum de rock ou música alternativa” - em 2017 com o álbum “Brutown” - também indicado ao prêmio Bravo! e Prêmio APCA 2017 - e em 2019 com o “Vulcão”.

Mesclando o rock psicodélico com outros subgêneros musicais, como o desert blues e o tropicalismo, The Baggios já tocou em festivais como o Lollapalooza Brasil e o tradicional Festival de Artes de São Cristóvão (FASC).

Atualmente, a banda é composta por Julio Andrade - o Julico - na guitarra e nos vocais, Gabriel Perninha na bateria e Rafael Ramos nas teclas. O grupo já conta com cinco álbuns de estúdio e quatro EP’s.

Música de protesto
Uma característica intrínseca ao rock é o viés de protesto presente nas músicas, a partir de movimentos como o punk rock, que conta com letras a abordarem ideias anarquistas.

É nesse contexto que surge outra banda fundamental para o cenário do rock sergipano: a Karne Krua, criada em 1985 por Silvio Campos, que até hoje comanda os vocais. Atualmente, a banda é composta também por Afonso Ramalho na bateria e vocal, Ivo Delmondes no baixo e vocal e Lilo na guitarra e vocal.

Em entrevista ao F5 News, o roqueiro conta que seu interesse pela música surgiu ainda na infância, por influência de seus irmãos. Ao longo dos anos, foi se envolvendo cada vez mais com a arte, começando pelo hábito de colecionar discos de vinil. 

Não por coincidência, há mais de 20 anos Silvio também é proprietário da loja de discos e outros artigos de rock “Freedom”, no centro de Aracaju, ponto de encontro tradicional dos aracajuanos amantes do gênero musical.

Mas Silvio conta que, com o tempo, ser um apreciador do rock não foi mais suficiente: ele sentiu a necessidade de viver todas as histórias que lia em revistas sobre o assunto. “Já não bastava mais escutar, eu queria sentir a emoção de fazer música, fazer rock”, disse.

Assim, no início dos anos 1980, ele passou a se movimentar para criar a Karne Krua, originalmente intitulada “Sem freio na língua". A proposta era produzir um som de punk rock, a música de protesto, linha seguida pela banda até hoje e que causa certa aversão a alguns públicos.

“A gente não tem acesso a casas de show em geral porque nosso som é muito agressivo. As letras também têm uma tendência política-social e isso às vezes incomoda”, disse Silvio Campos ao F5News.




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