Em maio, o valor do conjunto dos alimentos básicos diminuiu em 14 das 17 capitais onde o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Entre abril e maio, as quedas expressivas ocorreram em Campo Grande (-7,30%), Brasília (-6,10%), Rio de Janeiro (-5,84%) e Belo Horizonte (-5,81%). As elevações foram registradas em Belém (2,99%), Recife (2,26%) e Salvador (0,53%).
São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 777,93), seguida por Florianópolis (R$ 772,07), Porto Alegre (R$ 768,76) e Rio de Janeiro (R$ 723,55). Nas cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente das demais capitais, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 548,38) e João Pessoa (R$ 567,67).
A comparação do valor da cesta entre maio de 2022 e maio de 2021 mostrou que todas as capitais tiveram alta de preço, com variações que oscilaram entre 13,17%, em Vitória, e 23,94%, em Recife. Com base na cesta mais cara, que, em maio, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.
Em maio de 2022, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 6.535,40, ou 5,39 vezes o mínimo de R$ 1.212,00. Em abril, o valor necessário era de R$ 6.754,33, ou 5,57 vezes o piso mínimo. Em maio de 2021, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.351,11, ou 4,86 vezes o valor vigente na época, de R$ 1.100,00.
Aracaju
Pelo décimo mês consecutivo, Aracaju teve, em maio, a cesta básica mais barata do país. Na comparação com abril, o preço registrou queda de -0,56% e o valor da cesta ficou em R$ 548,38. Entre maio de 2021 e maio de 2022, houve elevação de 17,07% no valor do conjunto dos alimentos básicos da capital.
Os preços que mais subiram em maio foram os da manteiga (6,32%), do arroz (3,90%),do feijão (11,00%) e do café (3,06%). O aumento nos preços da manteiga foi causado pela baixa captação de leite, enquanto a elevação no valor do café é explicada pela alta dos preços internacionais. Já no caso dos preços do feijão e do arroz, o aumento ocorre por causa da menor oferta dos grãos. Houve também queda importante nos preços do tomate (-14,84%), em decorrência do avanço da safra de inverno e maior oferta do fruto.
Jornal da Cidade