Mesmo sendo uma cidade com vários atrativos turísticos, a cidade de Estância, lamentavelmente ainda não está sabendo alavancar a “indústria sem chaminé” na sua área urbana, os setores da prefeitura, pouco têm investido e se preocupado com a parte litorânea. Até que fim, o município conseguiu criar o seu Conselho Municipal de Turismo.
Por Estância, pela sede do município, não se pesquisa e nem analisa o turismo, como a Ponte do Bomfim, uma edificação histórica que se estende por cima do rio Piauitinga; não se explora os casarios coloniais, que muitos já foram demolidos (ainda, semana passada, foi demolida uma casa dessas, localizada na praça Barão do Rio Branco); não se estuda a própria centenária Lira Carlos (estabelecida na casa onde morou o embaixador e literário, Gilberto Amado); não se explora a imprensa escrita, a pioneira de Sergipe; não se conhece melhor a avenida e a fábrica Santa Cruz. São tantos pontos e espaços turísticos dentro da sede do município, que não são enxergados e valorizados pela gestão pública.
O próprio ponto turístico do bairro Porto D’Areia, está esquecido pela prefeitura de Estância. Foi de lá, da sua maré, que começou a economia de Estância, onde embarcações no século XX, chegavam da Bahia pela maré do Porto, para abastecer Estância e região.
Semana passada, o morador Valdomiro, que nasceu e mora ainda hoje na comunidade desde 1974, disse á reportagem da Tribuna Cultural, que o Complexo Turístico do bairro Porto D’Areia está esquecido pela prefeitura. “Nós vivemos numa comunidade bastante sofrida e que, infelizmente, só é lembrada no tempo da festa de São João porque aqui moram muitos fogueteiros, que fazem serviços artesanais, mas é uma comunidade que precisa ser mais valorizada pelo poder público”, pediu o morador.
Para Valdomiro, o Complexo Turístico do Porto D’ Areia, está abandonado e maltratado, preciso se faz a prefeitura ter um olhar especial pelo bairro, para que os jovens saiam da ociosidade. “Aqui existem muitos jovens que estão precisando de um emprego, ocupar a mente com algo que venha lhes favorecer porque nem todos que moram aqui são marginais, são pessoas de bem”, destacou.
Valdomiro lembrou, que quando o Complexo Turístico do Porto da D’Areia foi construído, ficou muito bonito, que inclusive, atraiu o turista. “Todos vinham para o Porto tirar fotos, mas hoje, lamentavelmente, nós estamos vendo aqui um montão de lixo e com lâmpadas apagadas e a grama morrendo”, informou.
Bastante revoltado com a classe política, o morador Valdomiro disse que os políticos só tem aparecido no Porto D’ Areia para pedir votos. “Nós temos a maré, que poderia ser dragada e se fazer um grande atrativo turístico”, sugeriu.
Por Magno de Jesus
Redação Tribuna Cultural