Dentro de um conceito de medicina humanizada integral, visualizamos o homem como um fim em si mesmo. Daí porque, quando se fala neste tipo de medicina vem logo a pergunta: “Há medicina que não seja humanizada? ”.
Não há como defini-la assim, pois a medicina outra coisa não é senão a arte e a ciência do sofrimento humano e a elas não se chegam sem muito amor e compaixão. No caso específico do autismo, mais que amor e compaixão, é o olho no olho, e a individualização das alterações comportamentais, os fatores preponderantes para inclusão social do paciente.
Há autistas e autistas, não há um padrão de comportamento pois o autista vive no seu mundo, um selenita, fugindo as normas mais corriqueiras de comportamento.
São singulares, tendo cada um as suas próprias singularidades.
Assim, o que se vê, é que a sua inserção social tem um longo caminho a percorrer com um condicionamento à Pavlov através de orientação psicopedagógica capaz de criar no autista por imitação talvez, conduta de comportamento social adequada a uma melhor qualidade de vida.
Cremos, portanto, que uma patologia que até o momento não tem cura, o uso judicioso de alguns medicamentos associados ao processo educativo sejam capazes de fazer aflorar sua capacidade e potencialidade.
Em Cuba, em trabalho de dezembro/2012, a psicopedagoga Ileana Álvarez Araújo com longa experiência no tratamento do autista afirma: “...aprendem a trabalhar por imitação, pois não manifestam a conduta imitativa inclusive nas mais simples como seria vestir-se e levar a colher à boca”.
Ao fazer isso, numa doação permanente, por certo, caminhamos para o resgate do respeito e dignidade do autista levando-os a uma vida plena, inserido no contexto social de acordo com a sua capacitação e aptidão.
Isso é Humanismo; é Medicina Humanizada Integral.