Parece que será proveitosa, a reunião que os feirantes da feira livre de Estância participaram hoje, 23, com os vereadores na Câmara Municipal. Mas o resultado de tudo isso, será dado pela promotora, Drª Cecília Nogueira.
O presidente da Câmara, vereador Misael Dantas, atendendo a categoria, concedeu um espaço, após a sessão, para que os feirantes, que estão sendo bastante prejudicados com essa decisão do Ministério Público, pudessem explanar para todos os parlamentares, suas dificuldades, seus apelos, suas preocupações e suas reivindicações, para que o parlamento municipal, possa levar á audiência com a promotora Drª Cecília Nogueira, e juntos encontrarem um caminho mais viável, mais aprazível para os feirantes e consequentemente para a própria feira livre estanciana.
Os feirantes explanaram para os vereadores, as inúmeras dificuldades que têm e que passam para negociarem na feira livre de Estância. Eles colocaram, que pagam para montar e desmontar as bancas; que não têm onde guardar as bancas; que os armadores de bancas estão sofrendo e perdendo a saúde para armarem e desarmarem as bancas e barracas em pouco tempo; que a feira precisa continuar todos os dias porque gera emprego no município e que eles precisam trabalhar para sustentarem e criarem suas famílias. Essas e outras reivindicações foram relatadas para todos os vereadores, que os ouviram atentamente.
Durante seus pronunciamentos, os parlamentares destacaram o trabalho importante dos feirantes e a existência da feira livre de Estância. “A feira livre de Estância, é um patrimônio imaterial de Sergipe”, destacou o vereador Sandro de Bibi.
De acordo com o vereador e presidente da Câmara, Misael Dantas, seu pai é feirante e ele conhece a feira de Estância porque costuma ir sempre e bem cedo para ela.
Flávio Brasil – “Amanhã estaremos no Ministério Público, levando a voz dos feirantes, e, tenho a certeza que a promotora vai nos escutar porque a feira livre de Estância é diferente e mostra que é desenvolvida. A feira de Estância é feita pelo pai e a mãe de família que moram aqui e que tiram o sustento através dela”.
Sandro de Bibi – Nós temos os protagonistas da nossa alimentação, que são os feirantes. Sem eles, nós não temos a qualidade da mercadoria devida na feira. A feira livre é um show de cores e de cheiros, de jargões e de sabores. Meu avô morou na ‘boca da feira’ e eu fui criado ali. Eu não vejo porque, querer mudar os dias de feira. Não tenho receio de dizer, que sou contra a retirar um dia de feira, mas um dia ao mês, tudo bem. A feira é patrimônio do nosso município”.
Jorginho da Praia – “Fico muito triste com essa situação que está acontecendo com os feirantes do nosso município, até porque eu também sou um pequeno negociante. Vejo na feira muito sofrimento, por isso, quero está à disposição dos feirantes”.
Arthur Oliveira – “A feira de Estância é tradicional todos os dias. Não são os moradores da feira que estão sendo incomodados, eu acho que tem gente grande incomodada. Vocês estão corretos em fazer essa cobrança, e nós defenderemos que a feira continue organizada, que a feira seja lavada, mas que ela continue todos os dias, como sempre aconteceu, e não querer amputar uma parte do horário da feira. Essa é luta de todos”.
Dode – “Todos os vereadores estão do lado dos feirantes porque sabemos da necessidade que a feira livre deve continuar todos os dias. Vamos juntos ao Ministério Público, tentar uma solução para os feirantes”.
Kaique Freire – “Através do diálogo com os poderes constituídos, é possível se chegar a um denominador comum.”
Misael Dantas – “Tirar um feirante de um dia de feira, já representa um prejuízo porque a fruta e a verdura amadurecem, e de imediato, as consequências vêm para o feirante. A feira é um lugar cultural também, nela encontramos de tudo, quem vai comprar, quem vai vender, quem vai pedir e quem vai trabalhar. Até o menino do carrego, não levará nada para casa se não tiver a feira. Todas as pessoas que estão vendendo na feira livre, têm por trás uma família, um compromisso de sustento, e precisa vender porque as pessoas que não vendem na feira, precisam comprar também. Essa Câmara não será omissa nessa situação”.
A audiência com a promotora Drª Cecília, está marcada para às 9h.
Por Magno de Jesus
Redação Tribuna Cultural