Uma nova conversa telefônica entre o Papa e o presidente ucraniano Volodomyr Zelensky teve lugar nesta manhã de terça-feira, enquanto na Ucrânia não diminui o clamor das armas numa guerra que o Pontífice, no último Angelus, definiu como "desumana" e "sacrílega".
O próprio Zelensky, que nesta manhã falou em videoconferência com o Parlamento italiano, abriu o encontro dizendo que havia falado com o Pontífice: "Ele disse palavras muito importantes". O presidente disse ter falado ao Papa sobre a resistência do povo ucraniano "que se tornou exército quando viu o mal".
Pela manhã, Zelensky, através de sua conta oficial no Tuíter, também informou sobre sua conversa com o Papa: "Falei com @Pontifex. Contei a Sua Santidade sobre a difícil situação humanitária e sobre o bloqueio dos corredores de ajuda por parte das forças russas. O papel mediador da Santa Sé para pôr um fim ao sofrimento humano seria bem-vindo. Agradeci-lhe por suas orações pela paz e pela Ucrânia".
O embaixador ucraniano in pectore junto à Santa Sé, Andrii Yurash, também divulgou via tuíter a notícia sobre a conversa telefônica, acrescentando que o Pontífice assegurou ao presidente ucraniano que está "rezando" pela Ucrânia e que está fazendo "todo o possível para acabar com a guerra". Zelensky, de acordo com o embaixador, respondeu que "Sua Santidade é o hóspede mais esperado na Ucrânia". Portanto, reafirmou o convite para visitar Kiev, já expresso em uma carta pelo prefeito da capital, Vitalij Klyčko. Como confirmou o diretor da Sala de Imprensa vaticana, Matteo Bruni, o Papa respondeu reiterando sua proximidade aos sofrimentos da cidade, de seu povo, daqueles que tiveram que fugir e daqueles que são chamados a administrá-la".
Esta não é a primeira vez que o Papa e Zelensky tiveram um contato por telefone. Em 26 de fevereiro passado, dois dias após o início do conflito, enquanto aumentavam a cada hora as notícias dramáticas da frente de guerra, o Pontífice expressou ao presidente "seu mais profundo pesar pelos trágicos acontecimentos que estão ocorrendo no país". O próprio Zelensky relatou pouco depois: "Agradeci ao Papa Francisco por rezar pela paz na Ucrânia e por uma trégua. O povo ucraniano sente o apoio espiritual de Sua Santidade".
Fonte: Vatican News