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Sergipe

OPINIÃO: GILSON ANDRADE NÃO APRENDEU QUE EDUCAÇÃO DE QUALIDADE SE FAZ COM ESCOLAS ESTRUTURADAS

Publicada em 18/02/22 às 10:43h - 173 visualizações

Atribuna Cultural/Fundada em 30 de março de 2001.


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Bira Palmarino - é militante do Círculo Palmarino, foi membro da coordenação nacional da Frente Povo Sem Medo e atualmente integra a direção municipal do PSOL de Estância.  (Foto: Divulgação)

No início da retomada dos trabalhos parlamentares, o vereador Isaías NegoBia do PSOL lançou um novo projeto no mínimo muito interessante, o qual intitulou de “#fiscalizaNegoBia”, e tem o objetivo de acolher denúncias pela cidade, de tal forma que o parlamentar psolista se dirige até o local pra ver de perto a situação e tomar as devidas providências (para mais informações @isaiasnegobia nas redes sociais). E já nas primeiras denúncias as vísceras da má gestão de Gilson Andrade ficaram à mostra, ocorre que tem chamado muito a atenção o estado de precariedade que passam escolas do município de Estância. 

Desde telhados comprometidos por cupins, paredes com graves rachaduras até banheiros infantis sem porta, creche com fios elétricos expostos e colchões em estado deploráveis, entre outras coisas. Destruindo com isso o mito de que pagar em dia quer dizer que está tudo bem, obrigado, com a educação na cidade Berço da Cultura. E isso fica ainda mais grave com o que veremos mais à frente na nossa coluna.

O último período foi marcado pela pandemia, ou seja, escolas fechadas e protocolos sanitários. Sem entrar hoje no mérito de avaliação da gestão da Pandemia, que ao meu ver deixou muito a desejar no município, vou me ater apenas na temática da educação, a começar pelo escasso kit alimentação distribuído às famílias dos alunos, já que estes não estavam fazendo as refeições normalmente nas escolas e que a gestão de Gilson sequer teve a decência de ao menos complementar transformando os kits em cestas básicas, como foi feito em diversas cidades por aí afora, inclusive em Sergipe. 

Nesse período, o município de Estância simplesmente mandou os estudantes pra casa e “lavou as mãos” para a possibilidade de promover o ensino remoto de forma virtual, dando as devidas condições aos estudantes e professores para isso. Pelo contrário, ainda saiu com uma espécie de “pesquisa” muito esquisita, que usaram como argumento sugerindo de que teriam sido pais e mães de alunos que não quiseram o ensino remoto, preferindo as apostilas impressas no papel, como antigamente, colocando Estância na lista famigerada dos 3% das cidades que nada fizeram para promover mecanismos de ensino a distância, com acompanhamento e
atividades virtuais durante a Pandemia, uma vergonha e uma geração gravemente prejudicada. 

Não bastasse isso, o SINTESE emitiu comunicado afirmando que Estância estava com os cofres abarrotados de dinheiro que ficou acumulado do FUNDEB e MDE, foram mais de 19 milhões de reais acumulados apenas no ano de 2021, ou seja, tinha dinheiro pra fazer e não fez. Um Escândalo!

A Chapa de Oposição nas eleições do SINTESE da Regional Sub-sede Sul, encabeçada pelas professoras Edvagna Conceição e Vanusa Silva têm promovido esse debate publicamente, e portanto procurada pela nossa Coluna a professora Vanusa expressou que: “A Pandemia da COVID-19 evidenciou ainda mais a fragilidade da educação brasileira. E se formos observar a história da educação brasileira se confunde com a própria história da cidadania no nosso país. 

O direito à educação é algo recente e o acesso à escola pelas parcelas mais marginalizadas da população só começou a se concretizar nas últimas décadas do século 20. Ou seja, mais de 400 anos depois da colonização do nosso país. Na verdade, ainda há um longo caminho a ser trilhado no processo de efetivação do direito à educação de qualidade para todos e para todas. 

Aqui no município de Estância não é diferente. Há um grande descaso com a educação dos nossos estudantes. É vergonhosa a forma com que a secretaria de educação através da gestão de Gilson Andrade vem conduzindo esse processo de educação. 

É inadmissível que um município como Estância, que sobrou aproximadamente 19 milhões dos recursos da educação, sendo que os estudantes durante os momentos mais críticos da pandemia ficaram desassistidos. Quando sobra recurso da educação, falta vergonha, falta respeito e falta planejamento. Nós precisamos garantir a educação pública de qualidade.

 É inadmissível que com tanta sobra de recursos as escolas municipais se encontrem em péssimo estado, como vem denunciando o vereador NegoBia. Então é urgente dialogarmos com a sociedade. É urgente travarmos esse debate da educação no nosso município. 

Nós precisamos garantir as devidas condições de acesso e permanência dos nossos estudantes nas escolas públicas, bem como garantir a valorização do professor. E aí, a gente também tem uma pergunta a fazer: o piso do magistério é lei. Está aprovado. Será que essa gestão vai garantir esse direito? 

Esses recursos que foram destinados a escola está sendo usado de fato pra melhorar as condições das escolas? A gente não tem visto isso. O que a gente tem visto são as escolas degradadas, sem a mínima condição de acolher esses alunos após um período crítico de pandemia. Então, é necessário estarmos atentos, é necessário defendermos uma educação pública, gratuita, de qualidade. É necessário fiscalizar. É necessário estar lado a lado com os estudantes garantindo esse direito.”





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