No segundo ano de pandemia, os músicos de Sergipe dizem que a relação com o governo estadual continua do mesmo jeito: sem diálogo. De acordo com o Sindicato da categoria (Sindimuse), há quase dois anos foi protocolado um ofício pedindo uma audiência com o Governo de Sergipe. Mas de lá pra cá nenhuma resposta foi recebida.
Tonico Saraiva, presidente do Sindimuse, afirma que desde o início da pandemia os músicos estão passando por profundas dificuldades financeiras em virtude das restrições impostas a festas e eventos. “Entendemos que o momento requer cuidados. Mas queríamos que a categoria fosse tratada com mais sensibilidade pelos gestores”, afirma Saraiva.
O presidente do Sindimuse explica que o Governo de Sergipe poderia ajudar os músicos de diversas formas, mas que a falta de comunicação com a categoria impede que a situação pode ser rapidamente solucionada. “O gestor poderia criar mecanismos para ajudar os profissionais, a exemplo de um auxílio financeiro ou até mesmo incluir alguns músicos na publicidade do governo para orientar a população sobre a importância da vacinação e demais medidas preventivas contra o vírus”, salienta.
Ainda de acordo com Tonico, tem sido difícil entender o porquê desse tratamento indiferente com a categoria. “Nós representamos a cultura desse estado. É lamentável que a cultura seja tradada desse modo. Queríamos nos sentir mais prestigiados. Mas infelizmente a realidade tem sido mais dura e triste”, lamenta.
Tonico Saraiva, presidente do Sindmuse (Foto: Portal Infonet)
Governo de Sergipe
Em comunicado, a Superintendência de Comunicação do Governo de Sergipe informou que não há nenhuma medida que restinga o trabalhado dos músicos. Segundo a Superintendência, atualmente a categoria pode realizar shows e demais eventos com até 2 mil pessoas em ambientes externos e mil em ambientes internos.
“O que houve, de fato, foram medidas mais restritivas lá no começo da pandemia. Mas há muito tempo que os músicos podem desempenhar suas atividades, embora com a diminuição do público. Além disso, não há previsão para restrições mais rígidas a curto prazo para músicos, bares e restaurantes”, salienta a Comunicação.
Fonte: Infonet
por João Paulo Schneider